It’s over. Depois de mais de 6 meses de trabalho, a CPI da COVID realmente encerrou seus trabalhos na noite de ontem, com o resultado que a maioria já esperava: aprovou o relatório final por 7 votos a 4. No fim das contas, houve o indiciamento de 78 pessoas e duas empresas.
Votaram a favor
Omar Aziz (PSD-AM), Eduardo Braga (MDB-AM), Humberto Costa (PT-PE), Otto Alencar (PSD-BA), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Renan Calheiros (MDB-AL) e Tasso Jereissati (PSDB-CE).
Votaram contra
Eduardo Girão (Podemos-CE), Marcos Rogério (DEM-RO), Jorginho Mello (PL-SC) e Luis Carlos Heinze (PP-RS).
O que acontece agora?
O relatório oficial será entregue ao procurador-geral da República, Augusto Aras, que é a pessoa que hoje detém o poder de apresentar denúncias contra as autoridades indiciadas no relatório.
Lembre-se: A CPI tem mero caráter investigatório e não determina se houve crime ou não. Explicamos isso melhor aqui e você pode relembrar.
Para que qualquer conduta das autoridades mencionadas no relatório — como a de Bolsonaro, por exemplo — seja efetivamente considerada como um crime, ela deve passar antes por todo um processo legal que começa com o procurador.
- Aras já informou que, antes de analisar o documento, irá enviar a um gabinete especial para só depois decidir se vai instaurar investigações, apresentar denúncias ou arquivar o inquérito.
Traduzindo… Ainda demora um pouco e é como se antes de ler o relatório de +1.000 páginas, seu chefe te encaminhasse o material pra que você resumisse e apontasse os principais pontos.