O principal programa da TV brasileira
Tanto em audiência, quanto em questões financeiras.
Por: Deise Bach
19 de janeiro de 2022
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Jamais julgue um livro pela capa. Antes que você diga algo como “BBB é fútil” ou “esse programa não agrega nada”, vamos precisar começar a edição de hoje com um pouquinho de agressividade: sua opinião não importa nem um pouco — e você já vai entender o motivo.

  • Fato é: o Big Brother Brasil é o programa mais importante do país — tanto em audiência, quanto em questões financeiras, que entraremos daqui a pouco.

Por que o BBB é relevante? 

O reality gera muito conteúdo, por muito tempo, que é do interesse de uma parcela significativa da população. Pra você ter uma ideia, no ano passado, foram 40 milhões de espectadores diários.

Dessa forma, não dá pra negar a realidade: independente de qualquer opinião, as pessoas gostam — ou melhor, AMAM — o programa, e estarão ligadas em tudo o que acontecerá no reality durante seus 95 dias de duração.

  • Você vai ver isso na prática — se é que já não está vendo. Durante os próximos 3 meses, espere seus feeds das redes sociais lotados de fofocas e acontecimentos do BBB.

Essa enorme audiência faz com que a Globo possa cobrar valores altíssimos por publicidade.

O modelo de negócio do BBB 

Da mesma forma que veículos de mídia, em geral, têm a publicidade como principal fonte de receita, o BBB é um programa que monetiza principalmente através de anúncios, com destaque para as cotas de patrocínio vendidas — cujo valor só aumentou nos últimos anos.

  • No BBB de 2020, foram vendidas 6 cotas de R$ 42 milhões. Desde lá, o programa mais do que dobrou o valor arrecadado através da venda de cotas de patrocínio. O carro-chefe da Rede Globo não está de brincadeira.

Os números não mentem, e não há como negar que a relevância do Big Brother é enorme. Mas, como os anúncios são bem caros, talvez você esteja se perguntando…

Vale a pena o preço?

Aparentemente, sim. Todos os 8 patrocinadores que compraram cotas do BBB do ano passado renovaram nesta edição. Não por acaso, o programa aumentou o número de cotas de patrocínio — resultando no maior plano comercial da história do reality —, e outras empresas se juntaram a esse grupo.

Além disso, o programa também possui cotas “dinâmicas” e “extra”, que são mais baratas e vendidas para marcas que buscam aparecer em festas, provas e ações individuais. A edição deste ano contará com empresas como Coca-Cola, 99, Doriana e Fiat, além de outras.

Como se não bastasse, há ainda os intervalos comerciais. Uma inserção de apenas 30 segundos na Globo, nas pausas do reality, sai por mais de R$ 500 mil. Em outras palavras, com apenas 3 comerciais já é possível pagar o prêmio do vencedor, que é de R$ 1,5 milhão.

O valor do prêmio é baixo? 

Considerando que a quantia não é reajustada há 12 anos, e que, nesta edição, a emissora já garantiu um faturamento de ao menos R$ 600 milhões apenas em cotas fixas de publicidade, pode parecer que sim.

  • Por outro lado, o maior atrativo em participar do programa — principalmente pra quem já possui uma condição financeira boa — vale mais do que dinheiro: uma quantidade absurdamente grande de mídia, que pode ser transformada em muito, muito dinheiro.

Muito dinheiro” quanto?

A Juliette, que venceu a edição do ano passado, ganhou 33 milhões de seguidores no Instagram desde então, e cobra cerca de R$ 400 mil para divulgar uma marca em seus stories.

  • Assim, com apenas 4 publicações, a influenciadora ganha mais do que ganhou por vencer o BBB. As estimativas são de que Juliette faturou 30x o valor do prêmio, no ano passado.

Quer um exemplo deste ano? Um dos participantes do BBB22, que era anônimo antes de ter sua presença divulgada, ganhou mais de 2 milhões de seguidores no Instagram antes mesmo do início do reality.

Fonte: The News
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