Presidente da Fecam é preso pelo Gaeco por suspeita de fraudes em licitações
Orildo Severgnini (MDB), que também é presidente da Federação Catarinense de Municípios (Fecam), foi alvo de mandado de prisão preventiva cumprido na manhã desta quinta-feira.
13 de agosto de 2020
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O prefeito de Major Vieira, Orildo Severgnini, está entre os presos pelo Grupo Especial de At na manhã desta quinta-feira (13) em operação do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que investiga suspeitas de fraudes em licitações.

A prisão foi confirmada por funcionários da prefeitura. Membros da Procuradoria Jurídica e do secretariado estão reunidos para discutir o caso, e não foram localizados pela coluna.

O mandado de prisão preventiva foi expedido pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), porque o prefeito tem foro privilegiado. Além dele, foi detida mais uma pessoa. Também foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão.

O alvo das investigações são licitações que envolvem contratações públicas, especialmente no ramo da construção civil. Segundo divulgado anteriormente pelo Ministério Público, na primeira fase da operação, em 31 de julho, as suspeitas são de direcionamento de contratos para empresas parceiras em troca de vantagens para os agentes públicos, o que teria trazido “danos milionários aos entes públicos”.

A defesa do prefeito não foi localizada. Assim que se pronunciar, sua posição será publicada. A Fecam também não se manifestou ainda sobre a prisão. Orildo Severgnini assumiu a função em junho, com a saída do prefeito de Caçador, Saulo Sperotto, que deixou o cargo atendendo à lei eleitoral, já que pretende concorrer à reeleição.

Carta de renuncia
Na manhã deste quinta, Orildo Severgnini enviou à Fecam uma carta de renúncia à presidência. No documento, afirma que a atitude é um compromisso feito por ele em uma reunião realizada no dia 11 de agosto com o Conselho Político da entidade.

"O faço porque acredito na capacidade técnica da valorosa equipe que integra a FECAM e com a confiança de que o municipalismo catarinense se fortalecerá ainda mais com a superação dos desafios sem precedentes que se apresentam aos gestores públicos municipais neste segundo semestre", disse por meio de nota.

A Fecam afirmou, também em nota, que estão sendo tomadas as medidas legais para acatar o pedido de renúncia.

Por meio de nota enviada à imprensa, o prefeito de Rodeio, Paulo Weiss, disse que o Estatuto Social da Fecam estabelece que ele, como vice-presidente da instituição, é quem deve assumir o comando da Federação.

 
Fonte: NSC / Dagmara Spautz
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