Doação de Sangue: Leonardo da Silva Telles, diagnosticado com Leucemia Mielóide Aguda, precisa de doações do tipo-A negativo
Os pais, Dilvane Schuh da Silva e Valdecir Telles, moradores de São José do Cedro, perceberam as primeiras ínguas aparecendo no corpo do Leonardo em dezembro do ano passado. Agora, após o diagnóstico de Leucemia Mielóide Aguda, Leonardo necessita de transfusões de sangue do tipo A negativo, bastante raro.
Por: Deise Bach
02 de fevereiro de 2021
A- A A+
Imagem pessoal da família - Divulgação da Campanha

Leonardo Gabriel da Silva Telles, de 3 anos e 11 meses, foi diagnosticado recentemente com Leucemia mielóide aguda, um tipo de câncer nas células do sangue e na medula óssea, região em que as células do sangue são produzidas. Esse tipo de leucemia ataca as células mielóides, que normalmente se desenvolvem formando alguns tipos de glóbulos brancos, as quais funcionam na defesa do nosso corpo, principalmente contra infecções. No caso do Leonardo, a doença evoluiu muito rapidamente, chegando a diminuir 20 mil plaquetas em um único dia, o que assustou a família. O quadro da Leucemia evoluiu para agudo em apenas uma semana.

Na leucemia mielóide aguda, as células mielóides se desenvolvem de forma anormal, formando células malignas que não cumprem sua função de defesa do organismo e se acumulam na medula óssea, atrapalhando a produção das outras células sanguíneas. O quadro é chamado de agudo por ter uma progressão muito rápida dessas células sanguíneas imaturas, logo atingindo outras estruturas como os nódulos linfáticos, fígado, baço, cérebro, medula espinhal e testículos.

A descoberta

Os pais, Dilvane Schuh da Silva e Valdecir Telles, moradores de São José do Cedro, perceberam as primeiras ínguas aparecendo no corpo do Leonardo em dezembro do ano passado. Inicialmente, os pais acharam que as ínguas fossem resultado de uma infecção na garganta, mas, como o quadro não evoluiu para febre ou algum outro sintoma, não foi buscada assistência médica. Na manhã do dia 29 de dezembro, Leonardo acordou com diversas ínguas inchadas pelo corpo. Isso chamou a atenção da mãe, Dilvane, que marcou para o mesmo dia uma consulta com uma pediatra, em São Miguel do Oeste.

Durante a consulta, a Médica percebeu diversas ínguas espalhadas por todo o corpo do Leonardo, a maioria não visíveis, mas que eram perceptíveis ao toque. A partir disso, a pediatra fez a listagem dos linfonodos e pediu exames com urgência, que foram realizados na tarde do mesmo dia.

Ao receber os resultado, a médica contatou especialistas e agendou o atendimento para o Leonardo no Hospital da Criança, em Chapecó, na manhã do dia 30 de dezembro. Ela ressaltou aos pais que os exames estavam muito alterados, mas que o diagnóstico exato seria dado pela equipe de especialistas do hospital. Lá, durante as consultas, foi identificado que se tratava de um quadro de Leucemia Mielóide Aguda.

Desde então, Leonardo segue internado no Hospital da Criança, realizando o acompanhamento médico e o tratamento necessário para a doença. Ele já recebeu doações de sangue, mas o que se faz necessário, especificamente, são as plaquetas sanguíneas. Elas precisam ser do mesmo tipo sanguíneo do Léo, ou seja, A negativo.

Infelizmente, com a pandemia, o número de doadores de sangue diminuiu drasticamente. Por esse motivo, a família está fazendo uma campanha de doações de sangue, do tipo A- ou O- (sangue doador universal). De acordo com a postagem feita pela mãe, Dilvane, nas redes sociais, Léo necessitará de inúmeras transfusões de sangue e plaquetas durante o tratamento para a leucemia, que tem estimativa de duração de dois anos a dois anos e meio, dependendo da resposta do paciente.

O que falta para o pequeno Léo são as plaquetas sanguíneas, importantes para o tratamento. O concentrado de plaquetas tem validade de apenas cinco dias. Por isso, associado à grande demanda deste hemocomponente é de extrema importância que as pessoas doem sempre que possível. O banco deve ter seu estoque de concentrado de plaquetas renovado e preparado para atender aos pacientes que precisam dessa transfusão. Infelizmente, isso não tem acontecido nesse período de pandemia.

As doações são feitas no Hemosc de Chapecó. Para ser um doador, basta procurar a secretaria de saúde do seu município e preencher os requisitos. Na doação, é importante ressaltar que a mesma está sendo feita para o paciente Leonardo Gabriel da Silva Telles, que está internado no Hospital da Criança, no setor de Oncologia.

Caso queira ser doador sem procurar a secretaria de saúde, é necessário agendar a coleta no Hemocentro através do telefone (49) 3700-6400.

Tratamento de Leucemia Mielóide Aguda

O tratamento da Leucemia Mielóide Aguda visa atingir a remissão, ou seja, que não haja mais células anormais no sangue e na medula óssea. A escolha do melhor tratamento dependerá de uma série de fatores, como idade, subtipo de leucemia, saúde de modo geral. Em geral ela é dividida em duas fases, a terapia de indução de remissão e a terapia de consolidação.

Terapia de indução de remissão

Essa fase do tratamento foca na eliminação de todas as células leucêmica do sangue e da medula óssea. Normalmente ela é feita com quimioterapia, e o processo é tão debilitante que é importante que o paciente fique internado. Quando eficaz, há uma redução das células de desenvolvimento, o que pode acarretar em redução dos glóbulos vermelhos (provocando anemia) e das plaquetas. Muitas vezes a transfusão é necessária. Outras drogas anticâncer podem ser usadas combinada à quimioterapia, como a imunoterapia, dependendo do tipo de leucemia mielóide aguda.

Terapia de consolidação ou pós-remissão

Muitas vezes na terapia de indução de remissão, nem todas as células leucêmicas foram mortas, mas apenas controladas. A terapia de consolidação é importante para evitar que haja recidiva. Pode ser feita com quimioterapia, radioterapia e medicamentos. Em algumas vezes, pode ser feito o transplante de células tronco.

Fonte: Redação Rádio Fronteira - Informações cedidas pelo Jornal Tribuna Regional
Fotos
Comentários