Uma idosa de 70 anos que matou o próprio marido e depois fez saques da conta dele, foi condenada a 14 anos de prisão em Sangão, no Sul catarinense. Segundo a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), em março de 2015, a autora matou o homem de 61 anos com dois tiros. Naquele dia, ao chegar à residência do casal, a vítima foi surpreendida pela esposa, que sacou uma arma e atirou. Ferido, ele ainda tentou pedir socorro, mas não resistiu. Logo após os disparos, a ré fugiu do local.
O crime foi motivado por razão torpe. A acusada tinha conhecimento prévio de que o marido havia recebido valores trabalhistas e, após matá-lo, pegou o cartão bancário e um papel com a senha e sacou o dinheiro da conta-poupança dele. Os jurados também acolheram a qualificadora do recurso que impossibilitou a defesa da vítima, já que ficou comprovado que o homem foi atacado de surpresa assim que entrou na residência. Ele não estava armado e não há relatos de nenhuma discussão prévia, afastando a hipótese de legítima defesa. A condenada teve o direito de recorrer em liberdade negado. Com base na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), a acusada, que havia respondido ao processo em liberdade, foi encaminhada ao Presídio local.