Uma ação policial que envolveu Polícia Federal, Receita Federal e Polícia Militar, foi realizada na quarta-feira (19) em um barracão de sucatas, no Bairro São Silvestre, em Dionísio Cerqueira e resultou na prisão de dois homens e na apreensão de um menor.
A investigação ocorreu após uma equipe policial monitorar um caminhão Mercedes-Benz, desde sua passagem clandestina pela linha divisória da Argentina, sentido Brasil, até um galpão no referido bairro, onde foi constatado que os dois ocupantes praticamente residiam no local.
A importação de sucatas – ferrosas, não ferrosas, plásticos e outros materiais – está proibida desde janeiro, tornando esse tipo de transporte ilegal.
Com a crescente entrada desses produtos da Argentina, as forças policiais passaram a intensificar a fiscalização.
A Receita Federal confirmou que toda a carga armazenada no galpão totalizou mais de 19 toneladas do produto oriundo da argentina. Entre os materiais apreendidos, chamou atenção um lote de plástico processado (foto), que nas imagens se assemelha a grãos de feijão.
Informações obtidas pelo jornalista Itamar Soares, junto a uma fonte, indicam que muitos produtos oriundos da Argentina estão entrando no país sem os trâmites legais, como é o caso do material apreendido.
“Em alguma indústria esses grãos seriam derretidos e transformados em produtos plásticos na cor preta, como mangueiras para água, por exemplo”, destacou.
Mas não para por aí: além do contrabando de sucatas, a fonte ainda revelou que a tradicional rota do contrabando de cigarros, antes concentrada em Foz do Iguaçu, está migrando para a faixa de fronteira na região das cidades gêmeas e Santo Antônio do Sudoeste.
"Estão encontrando muitas 'facilidades' pela Argentina", afirmou a fonte.
Importante destacar que nos últimos dias a Polícia Federal lavrou três flagrantes em Santo Antônio do Sudoeste/PR ao apreender veículos transportando cigarros contrabandeados do Paraguai.
“O negócio está bombando - o cigarro, a laranja, a sucata de latinhas e outros partes de alumínio, além da sucata de plásticos”, observou.
Importante salientar que o “comércio negro” na região da fronteira segue no radar das autoridades, especialmente da Polícia Federal.