Marco histórico: Nova Aduana de Dionísio Cerqueira deve encerrar o ano com mais de 23 mil caminhões cruzando a fronteira
Os dados foram divulgados em 10 de dezembro pela Receita Federal, com valores convertidos ao câmbio de R$ 6,04 por dólar, vigente no dia 11 de dezembro.
Por: Luan Peretti
12 de dezembro de 2024
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A movimentação de cargas e documentos pela Aduana de Dionísio Cerqueira registrou queda em novembro de 2024, em comparação a outubro, tanto no número de caminhões quanto na corrente financeira e nos documentos desembaraçados pela Receita Federal. Os dados foram divulgados em 10 de dezembro pela Receita Federal, com valores convertidos ao câmbio de R$ 6,04 por dólar, vigente no dia 11 de dezembro.

Corrente Financeira

O total movimentado em novembro foi de US$ 76,58 milhões (cerca de R$ 462,5 milhões), uma redução de 8,94% em relação aos US$ 84,10 milhões (R$ 508 milhões) registrados em outubro. As importações responderam por US$ 40,42 milhões (R$ 244 milhões), equivalentes a 52,78% do total, enquanto as exportações somaram US$ 36,17 milhões (R$ 218,4 milhões), representando 47,22%.

Nos onze primeiros meses do ano, a corrente financeira acumulada atingiu US$ 871,26 milhões (R$ 5,26 bilhões). Mantida essa média, o total anual pode ultrapassar US$ 950 milhões (R$ 5,74 bilhões), superando o recorde histórico de 2012, de US$ 830,3 milhões (R$ 5 bilhões, ajustado ao câmbio atual).

Volume de Cargas

Em novembro, 2.116 caminhões passaram pela Aduana, 5,41% menos que os 2.236 de outubro, que havia sido o maior movimento mensal já registrado. Desse total, 970 transportaram produtos importados e 1.146, exportados.

Entre janeiro e novembro, 21.126 caminhões cruzaram a fronteira, com 11.847 carregados de importações e 9.279 de exportações. Estima-se que 2024 poderá fechar com cerca de 23.046 caminhões, superando o recorde de 2010, quando 22.412 veículos passaram pela Aduana.

Documentos Desembaraçados

Foram registrados 1.741 documentos de importação e exportação em novembro, 12,73% a menos que os 1.995 de outubro. Desses, 801 foram de importações e 940 de exportações. O acumulado do ano é de 18.677 documentos, com previsão de atingir 20.374 ao final de 2024, valor próximo ao recorde de 2011, de 20.605 documentos.

Principais Produtos e Parceiros Comerciais

As importações de novembro incluíram produtos da indústria de moagem, frutas, madeira, produtos químicos e plásticos, com a Argentina, Chile e Uruguai entre os principais fornecedores. As exportações foram lideradas por papel, frutas, carnes, produtos hortícolas e madeira, com destinos principais para a Argentina, Chile e Estados Unidos.

Apesar da leve queda em novembro, os dados acumulados indicam que 2024 pode ser um ano histórico para a Aduana de Dionísio Cerqueira, tanto em volume de cargas quanto na corrente financeira, consolidando a importância estratégica da região no comércio exterior brasileiro.

A expectativa é que o movimento em 2025 seja ainda maior, já que a empresa concessionária do novo porto seco está antecipando ampliações que estavam previstas para serem realizadas até o final do contrato de 25 anos assinado em 2021.

Para o próximo ano ainda se espera o aumento de servidores dos órgãos públicos que atuam na liberação e fiscalização das cargas.

Fonte: Redação Rádio Fronteira
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