Uma menina de apenas três anos, vítima de uma tentativa de homicídio cometida pelo próprio pai, segue internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Filantrópico Policlínica de Pato Branco, no sudoeste do Paraná. O caso chocou a cidade de Vitorino e está sendo tratado como um dos crimes mais brutais já vistos pela polícia local.

De acordo com a delegada Keila Mafioletti, responsável pela investigação, a gravidade do quadro clínico se deve à violência dos ferimentos e à desproporção entre o tamanho da faca utilizada — considerada grande — e o corpo da criança. A menina foi atingida por três golpes na região da cervical. O terceiro golpe foi tão violento que quebrou a lâmina da faca, que ficou cravada no pescoço da vítima e só pôde ser retirada após uma cirurgia de emergência.

“O estado dela ainda é grave. A criança permanece internada na UTI. Ainda não tivemos retorno atualizado sobre a condição dela hoje”, informou a delegada.

Segundo boletim médico divulgado na manhã desta quarta-feira (23), a paciente segue em observação na UTI Neonatal e Pediátrica, com quadro clínico estável. No entanto, foi identificada uma redução nos movimentos do braço direito, o que pode indicar possíveis sequelas motoras. Uma ressonância magnética foi solicitada para complementar a avaliação médica e direcionar o tratamento adequado.

O crime ocorreu na última segunda-feira (21), após um desentendimento entre o pai e a mãe da criança. A mãe teria ido buscar a filha na casa do ex-companheiro, após o feriado de Páscoa, quando se deparou com a cena desesperadora. A menina foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levada ao hospital para cirurgia.

O autor do ataque, um homem de 26 anos, fugiu do local logo após o crime. Ele foi localizado horas depois escondido em uma área de mata na zona urbana de Vitorino, com o apoio de um helicóptero da Polícia Militar. A operação de captura contou com a participação da Polícia Civil, Polícia Militar do Paraná e apoio da Polícia Civil de Santa Catarina.

A suspeita da polícia é de que o agressor tenha usado a filha como instrumento de ameaça contra a ex-companheira, com quem havia se separado semanas antes. Ele está preso e deve responder por tentativa de homicídio qualificado. As investigações seguem em andamento.

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