Quase metade dos transplantes de órgãos de entes falecidos, é recusado pelas famílias brasileiras, o que compromete significativamente o número de procedimentos realizados no país. O alerta é do nefrologista Henrique Carrascossi, que também aponta a necessidade de ampliar a cultura da doação em vida.
Sistema de transplantes de órgãos
O Brasil possui um sistema de transplantes de órgãos, considerado eficiente, especialmente no que diz respeito à logística e à rede hospitalar pública. No entanto, a autorização familiar permanece como um dos principais gargalos.
“A maioria dos transplantes é feita a partir de doadores falecidos, mas eles só podem ocorrer com a autorização da família após a confirmação da morte encefálica”, explica Carrascossi.
Segundo o especialista, quase 50% das famílias se negam a autorizar a doação, reduzindo drasticamente o potencial de salvamento de vidas.