Uma força-tarefa envolvendo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Militar Rodoviária de Santa Catarina (PMRv) resultou na maior apreensão de maconha registrada no estado em 2025. A operação foi realizada na noite desta sexta-feira (13), na BR-282, entre Joaçaba e Campos Novos, no Meio-Oeste catarinense, e culminou na apreensão de 9,4 toneladas da droga e na prisão de três homens.
A ação teve início a partir de informações da equipe de análise de risco da PRF, que identificou a movimentação suspeita de dois caminhões, escoltados por um automóvel, com indícios de envolvimento no tráfico de entorpecentes.
O primeiro caminhão foi abordado em Joaçaba. O motorista abandonou o veículo e fugiu para uma área de mata, não sendo localizado. Dentro da carroceria, os policiais encontraram centenas de fardos de maconha.
Pouco tempo depois, o segundo caminhão foi localizado abandonado em um posto de combustíveis em Campos Novos. O veículo estava trancado, sem a chave de ignição, e também carregado com fardos da droga.
O veículo de apoio, um GM/Onix, foi encontrado às margens da rodovia. Os ocupantes tentaram fugir a pé, mas foram alcançados e detidos. Dois dos presos confessaram atuar como batedores da carga, acompanhando o trajeto desde Foz do Iguaçu (PR) até a região de Florianópolis, onde a droga seria distribuída. O terceiro detido foi identificado como o condutor do segundo caminhão.
Os três suspeitos, dois com 25 anos e um com 42, foram levados para a Delegacia da Polícia Civil de Joaçaba, junto com os veículos e a carga ilícita, para os procedimentos legais. A droga totalizou 9.470 quilos de maconha.
A operação contou com o apoio de agentes do 26° Batalhão de Polícia Militar de Herval d’Oeste e da Polícia Civil de Xanxerê. Um dos envolvidos conseguiu fugir e ainda não foi localizado.
Caminhões levavam logomarca de empresa do Oeste de SC
Após a divulgação da apreensão, a empresa Bragagnolo Papel e Embalagens, de Faxinal dos Guedes, emitiu uma nota de esclarecimento neste sábado (14), repudiando o uso indevido de sua logomarca nos caminhões apreendidos.
Segundo a nota, os veículos não pertencem à frota da empresa e não possuem qualquer vínculo atual com a Bragagnolo. A empresa informou ainda que os caminhões eram operados por uma transportadora terceirizada, que não presta mais serviços ao grupo.
“O uso da logomarca da Bragagnolo, sem vínculo de trabalho ou comercial, é indevido e inadmissível”, diz o comunicado.
A empresa afirmou que está adotando providências jurídicas, incluindo notificação à transportadora envolvida e comunicação às autoridades para que os responsáveis sejam punidos conforme a lei.
