Dia Mundial de Combate à Doença de Chagas, comemorado em 14 de abril, chama a atenção para a enfermidade que muitas vezes é negligenciada.
A transmissão ocorre quando, ao ser picada pelo barbeiro, a pessoa coça o local, permitindo que as fezes contaminadas do inseto entrem na corrente sanguínea.
Depois que o parasita se instala no organismo, pode levar décadas para que a doença seja descoberta.
A estimativa da Organização Mundial da Saúde, a OMS, é que nas Américas existam de seis milhões a oito milhões de infectados e que a maioria deles desconheça a condição.
A enfermidade provoca a morte de quatro mil e 500 brasileiros, em média, todos os anos.
Uma iniciativa internacional coordenada pela Unitaid, agência global sem fins lucrativos ligada à Organização Mundial da Saúde, pretende prevenir a transmissão da Doença de Chagas da mãe para o filho.
Apoiada pelo Ministério da Saúde e pela Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz, a ação será realizada inicialmente no Brasil, Bolívia, Colômbia e Paraguai.
A pedido do governo brasileiro, a Unitaid lançou um edital para financiar pesquisas sobre a Doença de Chagas, com foco na transmissão materno-fetal.
O objetivo do estudo é conseguir curar as mulheres infectadas e, ao mesmo tempo, proteger o futuro de milhões de recém-nascidos.