O salário-mínimo no Brasil deveria ter sido de 5 mil, 330 reais e 69 centavos em março.
A conclusão é do Dieese, o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos.
É quase 5 vezes mais do que o piso nacional em vigor, que é de mil e 100 reais.
O valor ideal estimado em abril é um pouco maior que o salário ideal estimado em março, que foi de R$ 5.315,74, mas inferior aos salários que foram calculados em janeiro e fevereiro, que foi de 5.375 e 5.495 reais, respectivamente.
Todos os meses, o Dieese faz essa estimativa de quanto deveria ser o salário mínimo para bancar a moradia, a alimentação, a educação, a saúde, o lazer, o vestuário, a higiene, o transporte e a Previdência Social do trabalhador e de sua família – considerando uma família de 4 pessoas, dois adultos e duas crianças. São necessidades tidas como básicas na Constituição Federal.
Para o cálculo, o órgão considera o valor da cesta básica mais cara entre 17 capitais pesquisadas.
No mês passado, os preços do conjunto de alimentos básicos tiveram alta em 15 das 17 capitais pesquisadas.
O valor da cesta, na passagem de março para abril, só caiu em Belém, quase 2%, e Salvador, com recuo de 0,81%.
A cesta mais cara foi registrada em Florianópolis: 634 reais e 53 centavos. Já capital com a cesta mais barata foi Salvador: 457 reais e 56 centavos.
O comportamento de alguns itens merece destaque. Segundo o Dieese, O valor médio do quilo da carne bovina de primeira aumentou em 15 das 17 cidades pesquisadas em relação a março, sendo as maiores variações registradas em Campo Grande e São Paulo, com altas próximas a 6%.
O açúcar apresentou elevação de preço em 15 capitais e as taxas oscilaram entre 0,67%, em João Pessoa, e 7,43%, em Brasília
Os preços do café em pó, do óleo de soja e da manteiga subiram em 14 localidades e 13 capitais registraram altas nos valores cobrados pelo feijão e pelo tomate.