Mais de 86 mil bebês nascidos nos seis primeiros meses desse ano no Brasil não tiveram o nome do pai informado no registro.
Dados são de levantamento realizado pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais, com base nos registros realizados nos quase 7 mil e 700 cartórios de registro civil do Brasil.
No primeiro semestre deste ano, nasceram 1.313.088 bebês, o que é a menor quantidade de nascimentos no período dos últimos quatro anos.
Ainda assim, o total de mães solo cresceu. Ao todo, 86.610 bebês foram registrados apenas com o nome da mãe no documento.
Para comparação, entre janeiro e junho de 2018, foram pouco mais de 1.452.000 recém-nascidos, dos quais 78.798 ficaram sem o nome do pai.
Vale destacar que, mesmo após o registro, a criança pode passar a ter o nome do pai no documento, seja num reconhecimento espontâneo por parte pai biológico ou por determinação judicial, após reconhecimento de paternidade; a retificação da certidão também pode ser feita para a inclusão do sobrenome do pai socioafetivo, que é quando outra pessoa assume o papel de se tornar o responsável pela criança por afeto, mesmo sem vínculo de sangue.
Ainda de acordo com os Cartórios de Registro Civil do Brasil, no primeiro semestre deste ano, 14.620 pessoas receberam o nome do pai em suas certidões de nascimento.