Ex-policial abre fogo em creche e mata 22 crianças e 12 adultos na Tailândia
Entre as vítimas estão crianças de 2 anos e o filho e a mulher do assassino, que se suicidou depois, segundo polícia local. Tiroteios em massa são extremamente raros na Tailândia
Por: Rossy Ledesma
06 de outubro de 2022
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Um ex-policial abriu fogo em uma creche no nordeste da Tailândia e matou 34 pessoas, entre elas seu próprio filho e outras 21 crianças, nesta quinta-feira (6), informou um porta-voz da polícia tailandesa.

Entre as vítimas, havia crianças de 2 anos.

O caso já é considerado o ataque a tiros mais mortal da história da Tailândia.

Segundo a polícia, o assassino chegou à creche, na cidade de Uthai Sawan, dentro da província de Nong Bua Lamphu, por volta da hora do almoço. Agitado, ele atropelou funcionários. Depois, desceu do carro e buscou pelo filho. Sem encontrar o garoto, disparou então contra outras crianças e professores da escola, uma delas grávida de oito meses.

Depois, o homem voltou para sua casa, matou a mulher e o filho e se suicidou, ainda de acordo com a polícia tailandesa.

A polícia ainda não sabe a motivação do crime.

Policiais e moradores da região em frente à creche onde homem matou dezenas de crianças e funcionários no noroeste da Tailândia, em 6 de outubro de 2022. — Foto: Sakdipat Boonsom via Reuters

Policiais e moradores da região em frente à creche onde homem matou dezenas de crianças e funcionários no noroeste da Tailândia, em 6 de outubro de 2022. — Foto: Sakdipat Boonsom via Reuters

O assassino foi identificado como o Panya Khamrab, um ex-policial que havia sido dispensado de suas funções há cerca de um ano por envolvimento com drogas. Há apenas alguns dias, ele havia comparecido a um tribunal local para responder por uso e posse de narcóticos.

Os investigadores disseram ainda não saber se Khamrab estava sob efeito de algum tipo de droga no momento do crime.

Tiroteios em massa são raros na Tailândia, embora a taxa de posse de armas seja alta em comparação com alguns outros países da região. Nos últimos três anos, apenas um outro episódio do tipo ocorreu no país. Em ambos os casos, os assassinos tinham posse de arma por conta de suas profissões - um era policial e o outro, um soldado.

Fonte: G1
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