Bom Jesus do Sul - Polícia conclui inquérito sobre tiroteio; dois foram indiciados por homicídio
O tiroteio que matou quatro pessoas no interior de Bom Jesus do Sul, ocorreu em fevereiro deste ano
Por: Rossy Ledesma
10 de novembro de 2022
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A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o tiroteio que matou quatro pessoas no interior de Bom Jesus do Sul, em fevereiro deste ano.

Conforme o delegado da Polícia Civil, Dr. Emerson Ferreira, dois sobreviventes foram indiciados por homicídio qualificado, vídeos gravados pelos próprios envolvidos foram decisivos para a investigação.

Uma disputa judicial por uma área de 71 hectares resultou no confronto. De um lado, o comerciante Cláudio Silvestre, a esposa dele Janaína e o amigo do casal Cristiano Bruxel. Cláudio e Janaína tinham 40 anos e morreram.

Do outro, o agricultor Francisco Bini, o filho dele Rafael, o genro Paulo Faé e o amigo Acelino Soares de Souza. Rafael, de 36 anos, e Acelino, de 63, também foram mortos.

No inquérito, a polícia analisou a conduta dos três sobreviventes: Francisco Bini, Paulo Faé e Cristiano Bruxel. Para a corporação, os vídeos deixam claro que o comerciante Cláudio Silvestre iniciou o tiroteio.

Nas imagens, Cláudio saca a arma e atira em direção ao agricultor Francisco Bini, que não é atingido. Logo em seguida, o comerciante se vira e atira no filho do agricultor, Rafael, que morreu horas depois no hospital.

Em seguida, Francisco Bini e o genro atiram em Cláudio, que morre na hora. Eles não foram indiciados pela morte do comerciante.

"O Cláudio efetua disparos em direção ao Rafael, que estava desarmado. Então, vendo essa ação contra o seu filho, o seu Francisco Bini realizou esses disparos em direção ao Cláudio. Ficou aí configurada uma legítima defesa", afirmou o delegado.

O desafio da polícia era entender o que aconteceu depois, já que não ficava mais tão claro nas gravações.

Em depoimento, Paulo Faé disse que atirou na esposa do comerciante porque ela atirou no amigo dele. Mas um detalhe na gravação do celular da própria Janaína convenceu o delegado de que ela não estava armada.

"Em câmera lenta a gente viu, em um dos frames, um dos prints lá, onde ela está totalmente desarmada. Então, a gente não conseguiu confirmar essa versão de que ela estivesse armada", complementou o delegado.

Paulo Faé, o genro do agricultor, foi indiciado por homicídio qualificado, por motivo fútil.

Fonte: Redação Rádio Fronteira
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