Menino de três anos é morto e colocado em saco plástico junto com brinquedo
Após o bárbaro crime, a mulher teria tentado tirar a própria vida, cortando os pulsos.
Por: Deise Bach
30 de setembro de 2020
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Foto: Daniela Sevieri/Banda B

Um menino de apenas três anos foi morto pela própria mãe no final da tarde de terça-feira (29), em Curitiba. A criança foi encontrada dentro de um saco plástico, bem vestido e junto de um brinquedo. Após o bárbaro crime, a mulher teria tentado tirar a própria vida, cortando os pulsos. Ela contou a PRF onde estava o filho dela e confessou que tinha matado ele e jogado às margens do rio.

O corpo do menino foi localizado em um matagal às margens da BR-277, no km 102, entre a capital e Campo Largo, na Região Metropolitana. As primeiras informações indicam que a morte ocorreu por asfixia.

Nenhuma hipótese sobre as motivações do crime é descartada pelo delegado que investiga o caso.

O pai da criança foi até o local e estaria desesperado. A mulher foi encaminhada a um pronto-socorro na região e na sequência será entregue à Polícia Civil.

A possibilidade da criança ter sido morta em outro local e levada pela mãe de táxi até o matagal também não foi descartada. A causa da morte do menino só será confirmada após laudo do Instituto Médico Legal (IML).

Caroline Carrilho Correia, 29, que matou o filho de três anos, deve ser levada na manhã desta quarta-feira (30) para a Central de Flagrantes. Ela segue internada no Hospital do Trabalhador, desde o fim da tarde de ontem, com ferimentos. O pai do garoto e marido de Caroline pediu para não prestar depoimento nesse momento. A mãe asfixiou o garoto até a morte e depois cortou os pulsos e se jogou em um rio, na tentativa de cometer um suicídio.

De acordo com a Polícia Civil, a mulher foi levada para o hospital com ferimentos no pulso, mas já sob custódia da polícia. Ela confessou ter matado o filho. Após a alta médica, equipes da polícia vão encaminhá-la até a Central de Flagrantes para o primeiro depoimento formal.

Durante a noite, o pai do garoto e marido de Caroline, Denner Barbosa, esteve na delegacia e aparentava estado de choque. A família contratou duas advogadas para o caso, mas ainda não houve manifestação à imprensa.

 

Depoimento

O delegado Nasser Salmen, responsável pelo flagrante, disse que o pai esteve na delegacia, mas pediu para não ser ouvido naquele momento. “O Denner esteve aqui para pegar a guia de necropsia. Eu ia colher o depoimento dele, mas acontece que ele estava tão abalado emocionalmente, um momento tão triste, preferi aceitar o pedido dele, especialmente, em razão do luto. Eu relevei para que ele venha aqui e dê seu depoimento em um momento mais oportuno”, detalhou.

Segundo o delegado, o celular do pai não foi apreendido. “Cheguei a pensar em apreender o celular dele, mas ele se reportava a todo momento ao aparelho e chorava o tempo todo vendo as fotografias da criança, e eu também relevei esse momento”, disse Salmen.

O casal está junto há oito anos e há rumores sobre a motivação, mas que, por ora, serão investigados. “Não trabalho com rumores ou suposições”, disse ele.

 

Encontrada

Segundo a Polícia Civil, agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) tiveram o primeiro contato com Caroline. “O depoimento do policial rodoviário Assis Gomes foi fantástico, uma riqueza de detalhes. Abençoada polícia rodoviária que recebeu uma ligação do Siate dizendo que havia uma mulher à beira da rodovia tentando se matar”, detalhou o delegado.

Policiais rodoviários iniciaram uma conversa com ela e conseguiram a confissão. “Os policiais chegaram lá, a ambulância estava saindo, pergunta dali, pergunta de lá, o que a senhora tem, qual seu nome, nome da sua mãe, nisso, em contato com a mãe dela, os policiais souberam que ela tinha um filho. Onde está seu filho? E ela, confessou que tinha matado a criança”, contou Salmen.

Fonte: Banda B
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