Leandro Boldrini, pai de Bernardo Uglione Boldrini, foi condenado a 31 anos e oito meses de prisão, nesta quinta-feira (23), pela morte do filho de 11 anos, assassinado em 2014 em Três Passos, no Noroeste do estado.
Boldrini foi responsabilizado pelos crimes de homicídio quadruplamente qualificado e por falsidade ideológica. Ele foi absolvido da acusação de ocultação de cadáver.
Um dos advogados que representam Boldrini, Ezequiel Vetoretti, falou que a defesa "lamenta a decisão, mas respeita". Ele acrescentou que "foi uma decisão bastante apertada. Três jurados entenderam pela absolvição do Leandro, mas, infelizmente, a maioria entendeu pela condenação".
Homicídio quadruplamente qualificado - 30 anos e 8 meses de reclusão
Falsidade ideológica - 1 ano de reclusão falsidade
O garoto Bernardo foi morto em abril de 2014, aos 11 anos, após receber uma superdosagem de sedativo. Além de Leandro Boldrini, foram condenados pelo crime a madrasta do menino, uma amiga dela e o irmão da amiga. Todos foram condenados por homicídio em 2019. No entanto, a sentença de Leandro, considerado mentor do assassinato pelo Ministério Público, foi anulada pelo Tribunal de Justiça em 2021.
Tanto na quarta quanto na terça, Leandro não acompanhou o julgamento por questões de saúde. A manifestação do acusado estava prevista para ocorrer nesta quinta-feira (23). No entanto, segundo a juíza Sucilene Engler Werle, o interrogatório foi cancelado por razões médicas, que não foram informadas.
No último dia do júri, o réu chegou ao fórum agitado, conduzido por policiais, dizendo "para, para" ao passar pela área onde estava a imprensa.
Primeiros dias
Na terça e na quarta-feira (22), o réu já não havia comparecido à sala de audiências em razão de problemas de saúde. Desde segunda, testemunhas de acusação e defesa prestam depoimentos aos jurados. Ao todo, foram dez pessoas ouvidas no plenário.