De virada, Inter vence CSA e abre vantagem na Copa do Brasil
Colorado perdeu pênalti, saiu atrás no placar e foi vaiado; porém, conseguiu marcar duas vezes e ganhar por 2 a 1
Por: Rossy Ledesma
12 de abril de 2023
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Foi pouco? Foi. Foi mais sofrido do que deveria? Foi. Foi insuficiente para aplacar a insatisfação da torcida? Foi. O 2 a 1 com doses de sofrimento foi o máximo que o Inter extraiu do confronto contra o CSA, no jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil. A vitória de virada não bastou para que a desconfiança sobre o time se desfizesse entre os presentes no Beira-Rio. Após sair perdendo, Alan Patrick, com dois gols, foi o principal responsável para deixar os colorados em vantagem para o segundo confronto.

A partida de volta será no dia 27, em Maceió. O clube gaúcho jogará pela vitória ou pelo empate para avançar. Vitória do CSA por um gol leva a decisão da vaga para os pênaltis. Triunfo por dois ou mais gols, significa a classificação alagoana.

Mesmo que tenha atendido o desejo do torcedor que queria ver Wanderson, Pedro Henrique e Luiz Adriano juntos, Mano Menezes não conseguiu fazer o time repetir os melhores desempenhos sob o seu comando. Não foi contra o CSA que a atuação para servir de modelo para o restante da temporada se cristalizou. PH entrou na vaga de Mauricio, com um problema no quadril. Na lateral, Matheus Dias foi improvisado devido às ausências de Bustos e Mário Fernandes, lesionados.

Desde o apito inicial, o treinador colorado viu que a noite não seria das mais serenas. A saída de bola ensaiada não foi bem executada e com segundos de jogos, ele esbraveja no banco de reservas. Instantes depois, pênalti em Baralhas, assinalado somente com o auxílio do VAR. Pedro Henrique cobrou forte, à meia altura, e o goleiro Dalberson defendeu, aos 6 minutos.

O ponto mais baixo ainda estava por vir. Quando o relógio apontava 9 minutos, os alagoanos encaixaram jogada pela esquerda. O cruzamento encontrou o centroavante Gabriel Taliari livre. O atacante chutou mascado, enganando Keiller: 1 a 0 CSA.

Foi o estopim para as vaias. Um passe errado. Um toque para trás. Um atraso para repôr a bola. Falta de objetividade. Tudo era motivo para reclamações veementes nas arquibancadas. Keiller foi o alvo preferido.

Sem alternativa, o Inter tentou atacar. Quando avançou com maior perigo, saiu o empate, aos 23 minutos. De Pena cruzou da esquerda para Alan Patrick marcar. Mano comemorou pedindo o apoio da torcida. O máximo oferecido foi uma mistura de ranço em certos momentos com um pouco de ânimo em outros.

Nos acréscimos, Keiller salvou em chute cruzado. Fim da trégua. Vaias e pedidos de raça enquanto os visitantes trocaram passes por mais de um minuto.

No intervalo, uma engenharia foi promovida no time colorado. Baralhas não voltou para o segundo tempo. Thauan Lara entrou no seu lugar, o que fez Renê virar zagueiro, Vitão lateral-direito e Matheus Dias como volante. Se o primeiros 45 começaram com nada dando certo, na etapa final o quadro melhorou.

A virada se concretizou aos 5 minutos. Após jogada de Pedro Henrique, Alan Patrick bateu no canto para deixar o Inter em vantagem. A fúria da torcida voltou a arrefecer. Aplauso verdadeiro mesmo somente para Alan Patrick, quando o camisa 10 foi substituído aos 18 minutos, sentindo lesão. Pouco antes, o CSA quase empatou, mas a cabeçada, após cobrança de escanteio, parou na trave de Keiller.

O goleiro ainda fez milagre nos minutos finais, evitando o empate, mas não evitando a irritação dos colorados ao final do jogo. Entre os dois lances, o time colorado mostrou pouca força para conseguir ampliar a vantagem.

Agora, o Inter volta as suas atenções para o Brasleirão e Libertadores. No sábado (15), a estreia no torneio nacional será contra o Fortaleza, fora de casa. Na próxima terça (18), o adversário será o Metropolitanos-VEN, pela segunda rodada da competição continental. Antes de reencontrar o CSA, ainda terá um confronto contra o Flamengo no meio do caminho.

Fonte: Gaúcha ZH
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