Não houve vencedor no primeiro duelo entre Boca Juniors e Palmeiras pela semifinal da Libertadores. Na noite desta quinta-feira (28), os dois times empataram sem gols na Bombonera. Como a Conmebol aboliu o critério que dava vantagem ao gol de visitante, qualquer empate na volta levará a decisão para os pênaltis. Quem vencer no tempo normal ficará com a vaga para encarar Inter ou Fluminense na final marcada para o Maracanã, em 4 de novembro.
Depois de treinar diferentes formações na semana, o técnico Jorge Almirón mandou o Boca a campo com mudança no sistema tático. Saiu o 4-3-3 usado no empate com o Lanús, no final de semana, pela Copa da Liga Argentina, para um 4-4-2. Barco acompanhou Equi Fernández, Pol Fernández e Medina no meio-campo enquanto Cavani teve o compatriota Merentiel como parceiro de ataque. Algoz do Palmeiras em 2018, Darío Benedetto ficou no banco de reservas.
No lado brasileiro, Abel Ferreira apostou mais uma vez em ter o lateral Myke adiantado. Diferentemente dos jogos mais recentes do Brasileirão, no entanto, Artur não foi deslocado para o lado esquerdo. O camisa 14 alviverde iniciou caindo pela direita, próximo de Mayke e tentando explorar às costas de Fabra.
Foi exatamente assim que o time paulista teve sua primeira chance de gol. Artur recebeu pelo lado direito, dominou e chutou perto. No lado argentino, a novidade de Almiron esteve no posicionamento de Cavani. Com Merentiel enfiado entre os zagueiros, o camisa 10 ganhou liberdade para se movimentar por todo ataque, tanto recuando para buscar às costas dos volantes palmeirenses quanto para os lados para buscar combinações com Medina e Barco.
Não por acaso, Cavani esteve presente em quase todas as jogadas perigosas do Boca na etapa inicial. Primeiro, ele cabeceou perto em falta batida por Barco. Aos 17, o uruguaio foi garçom. Ele deu um passe para Medina, que dividiu com Weverton, perdendo a chance.
O jogo foi bastante acirrado ao longo do primeiro tempo, mas o Boca foi mais perigoso na reta final. Aos 28, Cavani tocou para Barco, que cruzou por baixo para a área, onde Merentiel desviou perto da trave esquerda. Aos 41 com Barco, que recebeu de Merentiel e chutou por cima. Nos acréscimos, Cavani teve outra oportunidade. Depois de cruzamento de Advíncula, o uruguaio subiu mais alto que a defesa e testou muito perto da trave esquerda de Weverton.
Os números mostraram a superioridade argentina no primeiro tempo. O Boca teve 11 finalizações, duas delas no gol. O Palmeiras chutou apenas três bolas, nenhuma delas no alvo.
Ímpeto do Boca diminui no segundo tempo
Os dois times voltaram do intervalo sem mudanças de nomes. O Palmeiras, porém, alterou sua postura. Marcando de forma mais adiantada, o time brasileiro conseguiu tirar os espaços dos argentinos nos primeiros minutos.
Aos poucos, o Boca foi conseguindo encontrar formas de sair de trás empurrando o Palmeiras para o seu campo. Aos 23, Weverton deu rebote em chute de Barco e o gol só não saiu porque Cavani chegou atrasado no rebote.
Almiron fez as primeiras trocas logo depois. O zagueiro Valentini entrou no lugar de Rojo e Janson foi opção por Barco no setor ofensivo. A saída de Barco chamou atenção, pois o garoto de 19 anos era o principal destaque argentino na partida.
Uma prova da dificuldade ofensiva do Palmeiras foi que apenas aos 29 do segundo tempo que Sergio Romero fez sua primeira defesa na partida. Foi em chute cruzado de Veiga, que o goleiro pegou firme.
Sem sucesso nas primeiras trocas, Almirón chamou Benedetto. O algoz palmeirense de 2018 entrou no lugar de um apagado Merentiel. Abel Ferreira respondeu com Richard Rios e Luís Guilherme nos lugares de Gabriel Menino e Artur.
O filme de 2018 quase foi repetido. Com apenas um minuto em campo, Benedetto teve a chance após desvio de Cavani, mas não conseguiu cabecear para o gol. A semifinal deste ano estava mesmo destinada a terminar em 0 a 0 na Bombonera. Fica tudo para a volta, em São Paulo, na quinta-feira da semana que vem (5).