A cobertura vacional contra a poliomielite em Santa Catarina foi inferior a 50% do recomendado, segundo um levantamento divulgado nesta quarta-feira (17) pelo Ministério Público do estado. Os dados mostram que a cobertura vacinal representou 43,43% do público, enquanto o ideal é 95%.
O coordenador do Centro de Apoio Operacional da Saúde Pública do MPSC destaca que no período da campanha contra a poliomielite no estado, entre 27 de maio e 14 de junho, foram aplicadas 15.264 vacinas injetáveis em crianças menores de um ano de idade e 168.633 vacinas orais direcionadas a crianças de um a quatro anos de idade.
O preocupante quadro motivou a apuração de possíveis falhas do poder público na conscientização e divulgação da importância de imunizar as crianças. O coordenador do CSP falou também que as Promotorias de Justiça podem, com as Secretarias Municipais de Saúde, pensar em formas de diálogo, esclarecimento e convencimento dos pais sobre a importância da imunização.
“Estamos sugerindo às Promotorias de Justiça que analisem os dados coletados junto à DIVE em relação à quantidade de doses aplicadas e o percentual de cobertura alcançado em cada Gerência Regional de Saúde e em cada município. Dessa forma, poderão avaliar a necessidade ou não de atuar nos casos de baixa adesão à campanha, de modo a apurar possível ineficiência ou omissão do poder público na busca por atingir a cobertura vacinal mínima”, explica o Promotor de Justiça Douglas Roberto Martins.