O 2024 que prometia luta em várias frentes tem chances de "acabar' na noite desta terça-feira. Este é o tamanho da pressão sob a qual o Inter entra contra o Rosario Central no playoff da Sul-Americana. A classificação às oitavas de final servirá para minimizar a crise que teima em rondar o Beira-Rio e dar tranquilidade ao início de trabalho do técnico Roger Machado. Uma eliminação, entretanto, fecharia outro caminho na intenção de lutar por títulos e reservaria mais um round entre grupo e torcida.
Badalado com as contratações no começo da temporada, o Colorado não confirmou a expectativa. Caiu na semifinal do Gauchão e na terceira fase da Copa do Brasil para o Juventude e decepciona no Brasileirão. O que era a prioridade do ano virou uma realidade distante, especialmente depois das enchentes. O time está em 13º lugar com 19 pontos, 20 atrás do líder Botafogo.
Ou seja, ser eliminado para o Central nesta terça significa cortar o caminho mais realista para o Inter brigar por um título. Os cinco meses restantes seriam apenas para reagiar no Brasileiro e lutar por uma vaga à próxima edição da Conmebol Libertadores.
A missão, claro, é repleta de desafios. Os gaúchos não ganham há oito partidas, um mês e um dia nesta quarta, com cinco derrotas no período e sem fazer gol nos dois compromissos recentes, as derrotas por 1 a 0 para Central e Botafogo.
Precisa vencer por dois gols de diferença para não cair na repescagem do torneio. Caso ganhe por um, a decisão será nos pênaltis, modo como a equipe foi eliminada no Gauchão. E, se o time de Miguel Ángel Russo está longe de ser temido, a produção ofensiva gaúcha pouco traz esperanças.
A torcida promete comparecer com 40 mil pessoas e empurrar, mas pode ser mais uma adversária caso o desempenho incomode. Irritados pelo histórico recorrentes, os colorados espalharam faixas pela cidade na madrugada de domingo e deixaram claro o ultimato. Em caso de nova eliminação, o cenário de protestos e ameaças no pátio do Beira-Rio se torna provável.
O estádio, aliás, virou palco das tristezas recentes. Desde que voltou a ser usado após ser atingido pelas enchentes, a casa colorada viu duas derrotas: 2 a 1 para Vasco e Juventude. Esta última que marcou a saída de Eduardo Coudet.
O Beira-Rio ainda amargou outras frustrações em torneios eliminatórios nos últimos anos. Olimpia e Fluminense pela Libertadores, Melgar pela Sul-Americana, Vitória e América-MG na Copa do Brasil e Caxias e Juventude no Gauchão marcam as quedas mais recentes como mandante.