Situação piora, e inflação, no Brasil, será de 4,62 por cento, em 2024. Essa é a projeção de momento feita pelo Banco Central, que, há menos de dois meses do fim do ano, ouviu a opinião das principais instituições financeiras do país. Foi a sexta pesquisa seguida na qual o índice aumentou. O número mantém o alerta máximo no governo e pode fazer a taxa básica de juros, a Selic, hoje em 11,25 por cento, patamar já considerado alto, subir ainda mais.
Isso porque a projeção de inflação, que está bem acima da meta do Ministério da Fazenda, de três por cento, estourou até o limite da margem de tolerância, que é de quatro e meio. Uma das formas de o Banco Central segurar os preços é subir os juros. Isso dificulta que as pessoas peguem dinheiro emprestado para a compra da casa própria ou para trocar de carro, por exemplo.
Ou seja, há um impacto negativo para o cidadão. Porém, com a redução do consumo, os preços tendem a cair. O mercado financeiro projeta que a Selic vai subir mais meio ponto, em 2024, e chegar a 11,75 por cento. Os economistas do Banco Central se reúnem no mês que vem para debater uma possível alta dos juros.