Pelo menos quatro, de cada 10 brasileiros, acham que a crise econômica causada pelo coronavírus ainda não acabou.
É gente que guardou dinheiro, nos últimos meses, e deve manter essa postura pé no chão por mais um tempo.
A pesquisa foi feita pela Fundação Getúlio Vargas.
Quando se considera somente aqueles que conseguiram poupar uma grana, de março pra cá, a maior parte, três, de cada quatro, vai manter o hábito.
Com a crise, muita gente adiou compras, viagens, a troca do carro; sem falar nas pessoas que cortaram as idas a bares, restaurantes ou academias, por exemplo, até por medo do coronavírus; e naquelas que viram a despesa cair, quando passaram a trabalhar de casa.
Fatores que ajudaram boa parte da população a economizar, nos últimos meses.
A situação, porém, varia de acordo com a classe social.
Por exemplo, entre quem ganha até dois mil e 100 reais, apenas 25 por cento têm guardado dinheiro, possivelmente porque nem sempre sobra alguma coisa.
Já entre quem ganha acima de nove mil e 600 reais, o índice sobe para 43 por cento.
A forma como cada um pretende gastar o dinheiro guardado também varia, com base renda.
Para os mais pobres, algumas das prioridades são a reforma da casa e as despesas do dia a dia.
Enquanto, para os mais ricos, o foco principal é fazer uma viagem de férias.
Só que boa parte desses gastos não deve acontecer agora, uma vez que a maioria das pessoas pretende mexer no dinheiro guardado mais pra frente, em até seis meses.