Auxílio emergencial e crise fazem poupança crescer e total de dinheiro guardado supera R$ 1 trilhão
Os brasileiros guardaram na poupança, em novembro, um trilhão e 13 bilhões de reais.
Por: Deise Bach
17 de dezembro de 2020
A- A A+

Saldo da caderneta de poupança volta a crescer, em novembro, e fica acima de um trilhão de reais pelo terceiro mês seguido.

A marca foi atingida pela primeira vez em setembro, após uma sequência de altas que começou em fevereiro.

Pra ser mais exato, sobre o resultado do último mês, os brasileiros guardaram na poupança, em novembro, um trilhão e 13 bilhões de reais.

Esse crescimento, desde o começo da pandemia, é fruto de alguns fatores.

Por exemplo: o auxílio emergencial cai em uma poupança da Caixa, aberta pra cada beneficiário; muita gente economizou o salário, nos últimos meses, com medo da crise; e algumas pessoas que tinham investimentos mais arriscados, como na bolsa de valores, correram pra poupança, que é mais segura, uma vez que o mercado financeiro viveu momentos difíceis.

Vale destacar, porém, que a flexibilização das medidas de distanciamento, a volta dos brasileiros para as ruas e, consequentemente, o aumento do consumo, têm feito muita gente deixar de guardar dinheiro.

Em novembro, o volume de grana depositado na poupança foi recorde, 297 bilhões e meio. Mas ficou pouco acima do volume sacado, que também foi recorde, 296 bilhões. Diferença de um bilhão e meio.

Para se ter uma ideia, em maio, no auge da crise, o total depositado na poupança foi quase 40 bilhões de reais maior que o volume sacado. E, em outubro, o saldo foi de sete bilhões.

Considerada a forma mais simples e uma das mais seguras de aplicar o dinheiro, a poupança, por outro lado, passou a render menos, desde 2017, com a queda da taxa básica de juros.

A regra é: sempre que a Selic estiver abaixo de oito e meio por cento, a poupança pagará ao dono do dinheiro 70 por cento desse índice.

Ou seja, hoje, com a Selic em dois por cento ao ano, o menor nível da história, a poupança rende 1,4, mais a taxa referencial.

É bem menos que a inflação projetada pelo Banco Central para este ano, na casa de 4,35, o que indica que quem escolher esse tipo de investimento, apesar de não correr riscos, vai perder dinheiro.

Fonte: Redação Rádio Fronteira - Informações Rádio 2
Fotos
Comentários