Após o encontro do PSD em Balneário Camboriú, nesta quinta-feira (11), a candidatura de João Rodrigues ao Governo de Santa Catarina em 2026 foi oficialmente confirmada. O prefeito de Chapecó deixou o evento como o principal nome do partido para disputar o Palácio Barriga Verde, com discurso direto de enfrentamento ao atual governador Jorginho Mello (PL).
Rodrigues acusou o governador de utilizar a máquina pública como instrumento político, favorecendo aliados e prejudicando prefeitos e lideranças que não seguem a cartilha do governo. “Nesse Estado, ou você é aliado do governador, ou não recebe recursos. Se tirar uma foto ao meu lado, perde um convênio”, afirmou, em tom de denúncia.
Ao lado de Rodrigues, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, reforçou o endosso à candidatura. “Se Santa Catarina for governada por João Rodrigues, estará em excelentes mãos”, declarou.
O pré-candidato se posicionou como a alternativa ao “sistema” político catarinense, criticando práticas de compra de apoio e troca de cargos por obediência. “Sistema que copta pessoas, compra pessoas, faz ofertas bilionárias para prefeitos, deputados e partidos. Mas o povo vem e a demonstração está aqui na noite de hoje”, disse Rodrigues.
O evento também destacou a presença de deputados estaduais como Nilson Berlanda e Carlos Humberto, que podem migrar para o PSD para se alinharem ao projeto de Rodrigues.
Entre as lideranças do MDB, os ex-deputados Luiz Fernando Vampiro e Moacir Sopelsa marcaram presença, sinalizando aproximação com o PSD, embora o partido apresente divisões regionais em relação ao governo estadual.
A disputa de 2026 terá ainda a disputa pela herança política de Jair Bolsonaro. Tanto Jorginho Mello quanto João Rodrigues buscam se posicionar como os principais representantes do bolsonarismo em Santa Catarina.
Rodrigues destacou sua história como aliado do ex-presidente, mas defendeu o fim do extremismo e o foco em saúde, infraestrutura e combate à fome.