O movimento da Aduana de Dionísio Cerqueira manteve, em outubro, a tendência de crescimento registrada nos últimos meses, tanto no número de caminhões quanto na corrente financeira, soma das importações e exportações. De acordo com dados divulgados pela Receita Federal do Brasil no dia 10 de novembro, o volume movimentado chegou a US$ 79,08 milhões, o equivalente a R$ 420,7 milhões, considerando o câmbio do dia, quando o dólar estava cotado a R$ 5,32.
O total foi 4,12% superior ao de setembro, que havia alcançado US$ 75,95 milhões (R$ 389,7 milhões). Desse montante, US$ 44,53 milhões (R$ 236,9 milhões) corresponderam às importações brasileiras, representando 56,31% do movimento do mês, enquanto as exportações somaram US$ 34,54 milhões (R$ 183,7 milhões), o equivalente a 43,68%.
No acumulado de janeiro a outubro de 2025, a Aduana já movimentou US$ 698,96 milhões (R$ 3,71 bilhões). Deste total, US$ 370 milhões (R$ 1,97 bilhão) são referentes às importações e US$ 328,95 milhões (R$ 1,75 bilhão) às exportações. Mantida a média mensal, o ano pode encerrar com uma corrente financeira próxima de US$ 838,7 milhões (R$ 4,46 bilhões), ficando pouco abaixo do recorde histórico de 2024, quando foram registrados US$ 946,89 milhões (R$ 5,03 bilhões).
O número de caminhões que passaram pelo porto seco também cresceu. Em outubro, 2.367 veículos cruzaram a fronteira, número 6,38% maior que o de setembro (2.225 cargas). Desse total, 1.223 caminhões transportaram produtos importados e 1.144 levaram mercadorias exportadas pelo Brasil. Nos dez primeiros meses do ano, o movimento soma 22.102 caminhões, sendo 11.678 de importação e 10.424 de exportação. Se o ritmo for mantido, 2025 deve encerrar com cerca de 26,5 mil caminhões, superando o recorde de 2024, quando 22.927 veículos passaram pela Aduana de Dionísio Cerqueira.
Já o número de documentos de importação e exportação desembaraçados apresentou leve recuo em outubro. Foram 1.840 documentos, uma redução de 0,8% em relação a setembro (1.855). Desse total, 919 referem-se a importações e 921 a exportações. No acumulado de 2025, já são 17.826 documentos processados (9.065 de importação e 8.761 de exportação). Mantida a média, o total anual deve chegar a 21.391 documentos, o que representaria novo recorde para a Receita Federal em Dionísio Cerqueira.
Entre os principais produtos importados em agosto (em peso líquido) destacam-se frutas e cascas de citros e melões, produtos da indústria de moagem, madeira e derivados, plásticos e bebidas alcoólicas. As importações tiveram como principais origens Argentina, Chile e Uruguai. Já entre os principais produtos exportados estão papel e cartão, frutas, resíduos de indústrias alimentares, carnes e produtos hortícolas, com destino principalmente para Argentina, Chile e Estados Unidos.
Ainda em agosto, a Aduana cerqueirense registrou a passagem de 642 veículos “em lastre”, ou seja, sem carga, incluindo guinchos e veículos técnicos, contabilizados com base nos registros de MICs liberados.