Senadores protocolam pedido de impeachment contra Moraes
A representação cita uma suposta pressão do ministro ao Banco Central em prol do Banco Master.
Por: Luan Peretti
26 de dezembro de 2025
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Um novo pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi protocolado por senadores da oposição na última terça-feira (23). A representação cita uma suposta pressão do ministro ao Banco Central em prol do Banco Master.

O pedido tem como base uma reportagem do Jornal O Globo, que relatou ligações de Moraes para o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, onde foram tratados assuntos relacionados ao Banco Master.

O pedido também cita o contrato milionário entre o banco e o escritório de advocacia da esposa do ministro, Viviani Barci de Moraes. A petição aponta vários indícios de que Moraes cometeu o crime de advocacia administrativa.

“A conduta narrada, se confirmada, revela atuação extrajudicial, alheia à função jurisdicional, com potencial utilização da autoridade do cargo para interferir em órgão regulador independente, em benefício de interesse privado específico, o que afasta qualquer alegação de imunidade funcional”, destacam os parlamentares.

Em nota divulgada pelo STF, o ministro afirma que realizou duas reuniões em seu gabite com o presidente do Banco Central, mas para tratar os efeitos da aplicação da Lei Magnistiky. “Em nenhuma das reuniões foi tratado qualquer assunto ou realizada qualquer pressão referente a aquisição do Master pelo BRB. Esclarece, ainda, que jamais esteve no Banco Central e que inexistiu qualquer ligação telefônica entre ambos, para esse ou qualquer outro assunto”, completou.

O movimento contra Moraes ganhou reforços de jornalistas e lideranças que até então não haviam se manifestado contra as ações do ministro, o que eleva a pressão para que o pedido seja analisado pelos parlamentares. O Senado teria que processar e julgar ministros por eventuais crimes de responsabilidade, e agora a expectativa é de que dada à gravidade da denúncia, o tema seja colocado em pauta.

Fonte: Agencia Senado
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