Mortes de pacientes por falta de oxigênio medicinal serão investigadas pelo Ministério Público do Amazonas.
O objetivo é apurar as causas e as conseqüências da falta do insumo em hospitais públicos e privados do Estado.
Os promotores vão coletar possíveis evidências de atuação criminosa organizada e apontar soluções para a situação, classificada de caótica pelo Ministério Público.
Em nota divulgada pela Agência Brasil, o MP informa que é necessário apurar quem, entre as pessoas físicas, jurídicas, servidores e entidades, deixou de observar as medidas de precaução necessárias.
A investigação foi aberta pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, o Gaeco.
A White Martins, principal fornecedora de oxigênio medicinal para o Amazonas, informa que até recentemente utilizava metade da produção da fábrica de Manaus para atender a região.
O aumento da demanda ultrapassou o limite máximo de produção da empresa, que passou a buscar o produto com outros fornecedores e decidiu importar parte do que produz na Venezuela.
Com o apoio de órgãos públicos, aviões da Força Aérea Brasileira também passaram a transportar tanques de oxigênio e outros equipamentos para hospitais do Amazonas.
Com colapso no sistema de saúde e números recordes de internações por Covid-19, o governo amazonense iniciou na semana passada a transferência de pacientes para outros estados.