Vacina contra Covid-19 importada da Índia será distribuída no sábado
2 milhões de doses chegam nesta sexta-feira e seguem para testes.
Por: Itamar Soares
22 de janeiro de 2021
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REUTERS/Dado Ruvic/Direitos Reservados

17h40 desta sexta-feira. Este é o horário previsto para a chegada ao Brasil de 2 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 fabricada pelo Instituto Serum, na Índia. A carga vem a bordo de um voo comercial da companhia aérea Emirates, que decolou de Mumbai na noite desta quinta-feira e chegará ao aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

Depois dos trâmites alfandegários, um avião da Azul vai transportar as vacinas para o Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. De lá, vão direto para a sede da Fiocruz, em Manguinhos, na Zona Norte.

É no laboratório público Bio-Manguinhos que, já nas primeiras horas deste sábado, serão feitos os testes de qualidade e segurança, além da etiquetagem das caixas com informações em português. Ainda na tarde deste sábado, começa a distribuição para todos os estados, que será feita pelo Ministério da Saúde, de acordo com o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19.

Essa vacina é a Covishield, desenvolvida pela universidade inglesa de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca, que aqui no país tem parceria com a Fiocruz. É para este lote que vem da Índia que a Anvisa autorizou, no último domingo, o uso emergencial. As doses serão armazenadas em caixas térmicas com temperaturas que variam de 2 a 8 graus Celsius.

A expectativa do governo brasileiro era de receber as doses no último sábado, mas o Ministério das Relações Exteriores da Índia informou que o atraso ocorreu porque o país só passou a liberar as doses depois de abrir a própria campanha de imunização.

No início da semana, o governo indiano priorizou o envio de doses doadas para os países vizinhos. A partir de hoje, começa a distribuição das vacinas que foram comercializadas para outros países. O Brasil e o Marrocos são os primeiros. Em seguida, a Índia vai enviar doses para África do Sul e Arábia Saudita.

Em uma transmissão pela internet, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a demora ocorreu por questões burocráticas e descartou problemas diplomáticos. Bolsonaro afirmou que nada mudou nas relações do Brasil com a Índia e com a China, onde estão insumos para produzir mais vacinas na Fiocruz e no Instituto Butantan.

A Fiocruz depende do IFA, Ingrediente Farmacêutico Ativo, que está retido na China, para entregar 50 milhões de doses da Covishield até março. E o Butantan precisa dessa matéria-prima para fabricar mais 35 milhões de doses da CoronaVac até o mês de abril.

Por falar na CoronaVac, a diretoria colegiada da Anvisa marcou para as 15h desta sexta-feira a reunião pública sobre o novo pedido de uso emergencial da vacina, apresentado pelo Butantan. Este lote tem 4,8 milhões de doses envasadas no Brasil.

Fonte: Redação Rádio Fronteira - Informações Agência Brasil
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