Notas velhas de dinheiro são queimadas para produzir cimento
A meta do Banco Central é adotar a solução de reciclagem em 100% das notas
11 de agosto de 2020
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Imagem indica pontos de segurança das notas

Algumas das críticas feitas à inclusão da nova nota de R$ 200 no mercado brasileiro vieram de ativistas de meio ambiente, que alertam para mais desmatamento para fazer o papel que vira dinheiro.

De fato, o papel-moeda vem da celulose e, no processo, há desmatamento. Mas, desde dezembro de 2017, o Banco Central passou a utilizar os resíduos como forma de tentar minimizar os danos ambientais.

Segundo o BC, atualmente 52% do descarte é queimado para ajudar a alimentar fornos de produção de cimento. O BC diz que essa é uma destinação ambientalmente aceita por órgãos reguladores e fiscalizadores

A meta do BC é adotar a solução de reciclagem em 100% das notas que forem retiradas de circulação até o início de 2023. Ainda este ano cidades como Belém e Salvador devem passar a ter o processo também. Brasília e São Paulo ficarão para o final, "por dificuldades logísticas dos prestadores do serviço nessas praças".

Como saber que o dinheiro perdeu vida útil?

Máquinas específicas de uso do BC são reguladas de forma a identificar quando uma cédula tem que sair de circulação. Quando a máquina se depara com uma cédula que não tem mais qualidade, ela separa essa nota. Outra máquina tritura e gera resíduos para alimentar os fornos que fazem o cimento.

Distribuição: A nota de R$ 200 está em fase final de testes de impressão. O BC alertou na semana passada, no entanto, que já há modelos falsificados em circulação no Rio de Janeiro e orienta a população formas de evitar golpes. Toda a produção das notas acontece na Casa da Moeda, que fica no Rio de Janeiro. De lá, em um esquema de transporte extremamente delicado é elaborado para que a nota seja colocada em circulação em todo o país.

Mas você sabia que existe um aplicativo que reconhece quando uma nota é falsa?

O aplicativo é pouco utilizado. Em 2016, por ocasião das Olimpíadas no Brasil, Banco Central lançou um aplicativo que permite que a autenticidade de cédula seja verificada. A ideia era ajudar também aos estrangeiros - que não estavam acostumados com o Real - a reconhecerem o dinheiro e evitar golpes. O aplicativo chamado "Dinheiro Brasileiro" será aprimorado para a inclusão da nota de R$ 200.

Segundo a diretora, a ferramenta ainda é pouco utilizada. "Infelizmente ele ainda não decolou", diz. A forma de utilização é simples. "É só pegar o celular, fotografar a nota e o aplicativo te mostra quais elementos de segurança você tem que ter na nota".

Fonte: Redação Rádio Fronteira
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