Anvisa aprova uso emergencial de novas doses da CoronaVac feitas no Brasil
Butantan tem 4,8 milhões de doses em estoque que, agora, poderão ser distribuídas
Por: Alisson Júnior
22 de janeiro de 2021
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Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta sexta-feira (22) à tarde o uso emergencial de mais 4,8 milhões de doses da vacina CoronaVac. A decisão da diretoria da Anvisa foi por unanimidade.

Agora, ficam liberadas para uso também as doses da CoronaVac produzidas no Brasil, pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac. A liberação anterior, que permitiu o início da vacinação contra a covid-19 no Brasil nos últimos dias, era para as doses importadas da CoronaVac, fabricadas na China.

O Butantan tem atualmente 4,8 milhões de doses em estoque que, agora, poderão ser distribuidas e aplicadas. A autorização da Anvisa vale para todos os novos lotes da CoronaVac produzidos em São Paulo.

Na reunião, os diretores da Anvisa voltaram a utilizar argumentos que embasaram a primeiro autorização, no último domingo (17). O gerente-geral de medicamentos e produtos biológicos da agência, Gustavo Mendes, ressaltou que não existem "alternativas terapêuticas" contra a covid-19.

O novo pedido foi protocolado pelo Butantan na segunda-feira (18), e se refere às primeiras doses da vacina produzidas no Brasil.

Relatora do processo, a diretora Meiruze Freitas sugeriu que a autorização seja estendida a mais doses fabricadas pelo Butantan, desde que haja comunicação prévia à Anvisa. "Manifesto pela eventual aprovação de eventuais novos pedidos, nos moldes já aprovados até o momento", disse.

A posição foi seguida pelos demais diretores, que frisaram que os dados avaliados permitem a aprovação da vacina.

A Anvisa também aprovou usar, no novo processo, o mesmo termo de compromisso já tido pré-requisito para autorização das doses anteriores. Com o termo, o Butantan se compromete a fornecer dados que faltaram na análise, como informações sobre o total de anticorpos gerados com a vacina nos dois primeiros meses de análise.

Fonte: Diário Catarinense
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