Um boletim divulgado pela Polícia Militar retrata arbitrariedade envolvendo político de Candói. Um vídeo mostrando as imagens ganha destaque na internet.

A partir de nove minutos de imagens, é possível observar agressões, tanto físicas, quantos verbais, de ambas as partes. Policiais dizem que agiram em legítima defesa.

Se de um lado, há golpes de bastão e até dois tiros por parte de policiais, de outro, um dos homens envolvidos se utiliza do poder político que possui para ameaçar a equipe.

De acordo com a o relato da PM, no sábado (23), por volta das 14h05, na BR 158 no município de Marquinho, houve o flagrante de embriaguez ao volante.

Pela rodovia, um caminhão transitava em "zig-zag" e também na contramão. Entretanto, após a abordagem, o motorista recusou a mostrar a documentação solicitada. Começava então o jogo de arbitrariedades.

"Eu quero ver o homem que vai pegar meus documentos", desafiou o motorista. Segundo a PM, em seguida ele passou a xingar os policiais.

Esse desafio provocou a voz de prisão e nova agressão do motorista.

Conforme informa a polícia, ele disse que ninguém o prenderia.

Em seguida entrou no caminhão e tentou fugir. Todavia, ao ser impedido por um dos policiais, passou a chutá-lo no peito.

A reação foi rápida. Golpes de bastão atingiram a perna esquerda do motorista. Apesar disso, o condutor “jogou” o veículo sobre um policial.

Este disparou dois tiros atingindo os pneus dianteiros do caminhão. Contudo, isso não impediu que o motorista levasse o caminhão à uma estrada rural.

Entretanto, um outro homem que estava como passageiro do caminhão, saiu em defesa do companheiro.

De acordo com testemunhas e com imagens do vídeo, trata-se de uma das lideranças políticas com mandato em Candói.  Outras duas pessoas também tentaram impedir que os policiais efetuassem a prisão.

Conforme a PM, um dos homens, o político, também apresentava visíveis sinais de embriaguez, como forte odor etílico, olhos avermelhados e andar cambaleante. Ele também ameaçou os policiais.

De acordo com a polícia, disse também que era político, que tinha influência e que tomaria as medidas necessárias para impedir que os policiais continuassem no município.

Por causa do desacato ele recebeu voz de prisão e reagiu. Entretanto, tanto o político quanto o motorista foram presos.