Em novembro de 2015 os brasileiros foram surpreendidos pela tragédia da cidade mineira de Mariana.
O rompimento da barragem do Fundão, de propriedade da mineradora Samarco, despejou 50 milhões de toneladas de lama e resíduos tóxicos.
O acidente provocou a morte de 18 pessoas e deixou uma desaparecida, arrastou vilarejos, plantações e causou danos ambientais por mais de 800 quilômetros em Minas Gerais e no Espírito Santo.
Alguns anos depois, em janeiro 2019, o desastre de Brumadinho, tirou a vida de centenas de trabalhadores.
Cerca de 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos vazaram da barragem de propriedade da mineradora Vale, geraram destruição no meio ambiente e em comunidades de Minas Gerais.
E as tragédias podem se repetir.
Relatório da Agência Nacional de Mineração de onze de janeiro mostra que o Brasil tem 47 barragens em nível de emergência, com risco de catástrofes.
Desse total, 42 estão localizadas em municípios mineiros, de acordo com reportagem de Vitor Paiva, do portal Hypeness.
Os três casos mais graves também estão em Minas Gerais, mas há barragens em situação de risco no Amapá, Mato Grosso, Pará, Goiás e Rio Grande do Sul.
Apesar da necessidade de mais técnicos para que seja feita a fiscalização correta, a Agência Nacional de Mineração terá redução de 24 por cento em seu orçamento para 2021.
Dos 90 milhões de reais destinados em 2020, a previsão é que este ano a quantia caia para 68 milhões de reais.