O presidente Jair Bolsonaro assinou, na noite desta terça-feira, duas MPs com medidas trabalhistas para o enfrentamento da crise causada pela pandemia de coronavírus.
Entre elas, está uma nova rodada do programa que permite redução de jornada e salários ou suspensão de contratos.
De acordo com o texto, essas medidas podem se estender por até 120 dias.
Os trabalhadores que tiverem corte de salário passam a receber uma complementação do governo.
O crédito extraordinário para bancar o pagamento do BEm, o benefício emergencial é de 9 bilhões e 800 milhões reais.
O valor da complementação varia. É calculado sobre o valor do seguro-desemprego a que o trabalhador teria direito se fosse demitido. Na média, o benefício está estimado em 2 mil e 50 reais.
Outra medida para o enfrentamento da crise é a criação de regras trabalhistas temporárias que podem ser adotadas pelos empregadores, como teletrabalho, antecipação das férias, concessão das férias coletivas, aproveitamento e antecipação de feriados e suspensão do recolhimento do FGTS, o Fundo de Garantia.
De acordo com o Ministério da Economia, as medidas nesse sentido adotadas no ano passado, primeiro ano de pandemia, viabilizaram mais de 10 milhões de acordos entre empresas e trabalhadores e ajudaram e contribuíram para o resultado positivo do mercado de trabalho em 2020.
A expectativa do governo com essa nova rodada de medidas é contemplar, em quatro meses, meses, pouco menos de 5 milhões de trabalhadores.