O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) apresentou denúncia contra três homens acusados de praticar um homicídio e uma tentativa de homicídio em Guarujá do Sul. O crime aconteceu na madrugada de 21 de março deste ano. A denúncia foi recebida pela Justiça, que também converteu, após requerimento da Promotoria de Justiça de São José do Cedro, a prisão temporária dos três denunciados em prisão preventiva.
A ação penal ajuizada pela Promotora de Justiça Mariana Mocelin, destaca que os crimes, praticados naquela madrugada, teriam sido motivados por vingança, em função de os acusados acreditarem que as vítimas seriam responsáveis por tiros dados contra o veículo de um deles horas antes.
Conforme relata o MPSC na denúncia, um dos denunciados teve seu o carro alvejado por disparo de arma de fogo por volta das 22h do dia 20 de março. Em seguida, ele teria contatado os outros dois acusados, que teriam saído à caça do autor do disparo.
Duas horas depois, os denunciados cruzaram com duas motos, cada uma pilotada por uma das vítimas, fazendo estalos com o motor, o que despertou a atenção dos acusados. Foi então que teriam perseguido as motos na BR-163, no trecho entre Guarujá do Sul e São José do Cedro, e disparado ao menos seis vezes contra os motociclistas, matando um e ferindo o outro.
A investigação policial apurou, ainda, que, após o crime, os dois supostos autores teriam se refugiado na casa da tia de um deles, ponto de encontro com o terceiro denunciado, irmão da mulher que os acolheu. Posteriormente, a filha e o genro da mulher que ajudou os supostos criminosos também teriam ameaçado a mãe da vítima sobrevivente para que houvesse mudança de depoimento à polícia.
Para a Promotora de Justiça, a prisão preventiva dos autores do crime é fundamental para a garantia da ordem pública - diante da periculosidade dos acusados e a gravidade do crime -, para a conveniência da instrução processual e para assegurar a aplicação da pena em caso de condenação. A denúncia contra os três, por homicídio duplamente qualificado, pelo motivo torpe e pela impossibilidade de defesa, foi recebida pelo Poder Judiciário.
Também foi denunciada pelo MPSC a mulher que acolheu os criminosos, pelo crime de favorecimento pessoal, assim como o casal, por coação no curso do processo.