Os trabalhadores da Celesc anunciaram que vão entrar em greve a partir do dia 09 de setembro. Em Nota a população a Intercel informa os motivos da paralização:
“A Intercel, coletivo dos sindicatos que representam os(as) trabalhadores(as) da Celesc, vem a público comunicar a população catarinense que a categoria paralisará as atividades no dia 09 de setembro, em protesto à condução da Diretoria da Celesc na negociação do Acordo Coletivo de Trabalho 2021/22 e aos ataques à organização dos trabalhadores.
A Celesc, empresa de distribuição e geração de energia que atende o estado de Santa Catarina é uma das poucas empresas do setor ainda pública. É exatamente por permanecer pública que a empresa tem como foco o bom atendimento à população, sendo reconhecida nacional e internacionalmente pelos próprios consumidores. Entretanto, a luta pela manutenção da Celesc Pública e por condições de trabalho para que os(as) empregados(as) continuem a atender o povo catarinense com qualidade passam pela organização da categoria através dos sindicatos da Intercel.
Inexplicavelmente, a Diretoria da Celesc tem, constantemente, atacado as entidades sindicais. Ao tentar impor dificuldades à organização dos(das) trabalhadores(as), a Diretoria não só busca rebaixar direitos e precarizar o trabalho dos(das) celesquianos(as), mas também impedir a mobilização em defesa de seus direitos e em defesa da Celesc Pública.
Os(as) trabalhadores(as) da Celesc tem consciência de que apenas com representações fortes e com a categoria organizada poderão manter o atendimento de qualidade que caracteriza a Celesc. Por isso, os(as) celesquianos(as) repudiam os ataques da Diretoria da Celesc ao movimento sindical e paralisarão suas atividades em protesto à forma violenta e irracional com que esta conduz a negociação do Acordo Coletivo de Trabalho.
Ao invés de atacar a categoria, a Diretoria da Celesc deve reconhecer o valor dos(das) trabalhadores(as), negociando um Acordo Coletivo de Trabalho que reponha as perdas salarias e garanta melhores condições de remuneração, trabalho e vida aos(às) celesquianos(as). Deste modo, resta aos(às) empregados(as) a mobilização em defesa de seus direitos e contra uma diretoria que não entende o caráter público da empresa e não respeita os celesquianos e suas representações.
Os(as) trabalhadores(as) pedem apoio à sociedade para que seus direitos sejam respeitados, garantindo condições para que o serviço de qualidade prestado pelos(as) celesquianos(as) continue. Durante a paralisação, os serviços essenciais serão mantidos de forma voluntária pelos(as) trabalhadores(as), reforçando o compromisso com a população”.