Estudo publicado na revista científica The Lancet, na sexta-feira (04), comprovam resultado eficaz da vacina russa Sputnk V para produzir imunidade contra o novo coronavírus.
Os dados dos testes foram disponibilizados, pela primeira vez, para cientistas e a população. A falta de divulgação dos resultados das fases iniciais do estudo gerou dúvidas em âmbito mundial sobre a eficiência do princípio.
O reagente foi aplicado em 38 voluntários para cada uma das duas fórmulas da vacina: rAd 26-S e rAd5-S.
Os resultados apoontaram que o reagente produziu anticorpos nos 76 participantes em 21 dias após a primeira aplicação.
Depois de 28 dias, os pesquisadores detectaram a produção de células T, outra importante reação do sistema imunológico no combate à doença.
Segundo os autores, os voluntários não tiveram reações severas. Apenas dor no local da aplicação, hipertermia - que é o descontrole da temperatura no organismo acima dos 37 graus - e dor de cabeça. Todos de intensidade moderada.
A Sputnik V é a primeira vacina contra o Sars-CoV-2 a receber uma aprovação regulatória no mundo, ainda no início de agosto.
O estado do Paraná fechou acordo com o governo russo para produzir o imunizante, inclusive com a transferência de tecnologia para a fabricação da substância no Brasil, que pode distribuir para a América Latina.