Ontem, aconteceu o primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio, para o qual 3,1 milhões de pessoas se inscreveram, apesar de cerca de 800 mil não terem comparecido.
As provas feitas foram de Linguagens e Ciências Humanas — que trouxe questões sobre racismo, escravidão, erotização da mulher e resistência indígena e até trechos de música do Zé Ramalho —, além da redação.
Qual foi o tema?
O tema do texto, para o qual muitos ficam ansiosos e repercute nos dias seguintes, foi a ‘Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil’.
Os professores elogiaram a relevância do tema, uma vez que o Brasil tem, hoje, 3 milhões de pessoas sem nenhum documento, o que traz grandes desafios ao país.
- Sem documentação, é como se essas pessoas não existissem, não conseguindo ter acesso a direitos básicos — são, praticamente, invisíveis.
No ano passado, na implantação do auxílio emergencial, por exemplo, essa foi uma grande dificuldade. Como as políticas públicas chegam até essas pessoas?
- Marginalizados, esses indivíduos não têm acesso a direitos como o cadastro do SUS, uma carteira de trabalho e, muito menos, o direito de votar.
O que fazer? Foi isso que os candidatos precisaram pontuar na proposta de intervenção, pensando em como reduzir os obstáculos no registro de recém-nascidos e o que o Estado, ou outros entes, pode fazer quanto a isso.