Paralisação + protestos. Ontem, representantes de cerca de 50 categorias do funcionalismo público federal deixaram suas funções de lado — mas nenhum serviço essencial ficou prejudicado — e fizeram atos em Brasília, pedindo por aumento.
De quanto? Os reajustes pedidos variam de 20% a 28,15%, dependendo da categoria, abrangendo desde diplomatas a servidores do Banco Central.
O contexto: O gatilho para os movimentos foi a autorização do governo para reajustar salários de policiais e agentes penitenciários, o que deixou outras carreiras — com remuneração congelada — nada satisfeitas.
O que deve acontecer… Segundo o vice-presidente Mourão, não há dinheiro para esse reajuste — “o Orçamento não tem espaço para isso”. Bolsonaro, no entanto, está estudando uma solução até sexta-feira, o prazo para a sanção do Orçamento.
A questão é que, caso os pedidos dos servidores federais não sejam acatados, há uma ameaça de greve nacional no serviço público para fevereiro.
Mas, e o impacto econômico?
De acordo com as estimativas, cada 1% de reajuste para o funcionalismo público implica em aumento de R$ 3 bilhões nas despesas. Ou seja… Se a reivindicação de 28,15% for atendida, o governo teria um gasto extra de R$ 84,45 bilhões por ano.