Temendo que o preço dos combustíveis e seus derivados aumente ainda mais, o governo está tentando aprovar uma PEC que seria capaz de evitar o desastre nas bombas.
A ideia é que essa emenda permita que governadores e o presidente congelem ou até mesmo retirem os impostos estaduais e federais dos combustíveis, que representam hoje, em média, quase 40% do valor da gasolina e +20% no preço do diesel.
De um lado, a medida é vista como favorável para o consumidor final — e consequentemente para uma possível reeleição — e, por outro, representaria uma irresponsabilidade fiscal por limitar a arrecadação da União.
Há quem diga que há um “impasse” com os governadores
No mês de março do ano passado, o governo federal já havia tentado diminuir o preço final do combustível e do gás de cozinha, zerando os tributos federais desses produtos. Como resposta, 18 estados e o DF aumentaram o ICMS, que é o imposto estadual.
Questionado se a PEC seria uma nova afronta aos governadores, Bolsonaro disse que não e reforçou que a emenda não obriga que os estados retirem o ICMS, mas dá a liberdade para isso — o que reduziria a arrecadação estadual.
Zoom out: O preço do barril de petróleo fechou a última sexta com alta de 12% e quase US$ 90 por barril. Projeções já afirmam que o petróleo chegará a US$ 100 nos próximos meses.