Israel faz operação em Rafah, em Gaza, e liberta dois reféns argentinos
Segundo os militares israelenses, reféns libertados são dois homens de 60 e 70 anos de idade. Autoridades de Gaza acusaram Israel de matar dezenas na operação
Por: Rossy Ledesma
12 de fevereiro de 2024
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As Forças de Defesa de Israel fizeram uma operação na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, e libertaram dois reféns argentinos. A ação foi conduzida durante a madrugada de segunda-feira (12), pelo horário local — noite de domingo (11), no Brasil.

Segundo os militares, os reféns são dois homens, identificados pelo governo argentino como Fernando Simon Marman e Louis Har.

Ambos haviam sido sequestrados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, quando o grupo terrorista invadiu o sul de Israel, matando 1.404 pessoas e sequestrando centenas de outras. O episódio deu início à guerra entre Israel e o Hamas, que já completou quatro meses.

"Os dois estão em boas condições médicas e foram transferidos para a realização de exames no hospital Sheba Tel Hashomer [em Israel]", disse, em comunicado, o Exército israelense.

Em um comunicado, a Presidência da Argentina informou que os reféns libertados foram identificados. O governo argentino também agradeceu a Israel pela operação.

"Durante a sua visita ao Estado de Israel, o presidente Javier Milei reiterou ao presidente Isaac Herzog e ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu o pedido de libertação de cada um dos reféns argentinos e continua a manter firmemente a sua condenação do terrorismo do Hamas", diz o comunicado.

Israel afirmou que 134 reféns continuam sob poder do Hamas.

Já as autoridades locais de Gaza acusaram Israel de atacar um campo de refugiados, deixando mortos, segundo a agência Reuters. As informações não puderam ser confirmadas de forma independente.

Testemunhas ouvidas pela Reuters afirmaram que aviões, tanques e navios fizeram parte da operação e atingiram duas mesquitas e residências.

Na sexta-feira (9), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ordenou que o Exército preparasse um plano de retirada da população civil de Rafah.

A cidade, que fica na fronteira entre Gaza e o Egito, é considerada o último refúgio de cerca de 1,5 milhão de pessoas.

Netanyahu anunciou que pretende ocupar toda a cidade temporariamente e que, por isso, pediu o plano aos militares. Segundo o premiê israelense, Rafah é o último bastião do Hamas e, portanto, o último front de batalha.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu para que Netanyahu não atacasse Rafah sem um plano para a proteção de civis.

Fonte: G1
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