Receita Federal e Polícia Federal deflagram operação contra organização criminosa envolvida em tráfico internacional de drogas
O chefe da organização se utilizava de dezenas de pessoas físicas que atuavam como "laranjas"
Por: Alisson Júnior
06 de março de 2024
A- A A+

Dois homens foram presos em uma operação da Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RF) que investiga lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. A ação foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (6), nos estados do Paraná, Santa Catarina e Ceará.

Além dos dois mandados de prisão temporária, 33 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos. Conforme a PF, os dois homens são os principais chefes do grupo investigado e foram presos em Curitiba e Balneário Camboriú (SC).

De acordo com Receita Federal, o grupo é comandado por empresários da região de Curitiba ligados ao ramo de transportes, construção e de aluguel de máquinas pesadas.

Locais onde ocorrem a operação:

Paraná: Curitiba, Tijucas do Sul, Santo Antônio do Sudoeste, Londrina, Loanda, Piraquara, Pontal do Paraná, Campina Grande do Sul, Matinhos, Pinhais e Fazenda Rio Grande

Santa Catarina: Balneário Camboriú, Itajaí, Dionisio Cerqueira, Barra Velha e Itapoá.

Ceará: Barroquinha.

Os investigados tiveram bens bloqueados como contas bancárias, imóveis urbanos e rurais, veículos de luxo, jet-skis, caminhões e maquinários agrícolas. Além da polícia encontrar algumas bolsas dentro dos carros com mais de R$ 100 mil em espécie.

A ação conta com cerca de 200 policiais federais e 20 auditores da Receita Federal, além do apoio da Polícia Militar de Santa Catarina (PM-SC).

Segundo a PF, o chefe da organização criminosa já havia sido preso por tráfico internacional de drogas e usava documentos falsos para não chamar a atenção das autoridades.

A equipe policial identificou duas remessas de cocaínas vinculadas ao grupo. Uma delas em uma apreensão de 700 kg escondidos em uma lixeira de metal que seria transportada para o nordeste do país. A outra, em uma apreensão de cerca de 800 kg de cocaína em um navio rebocador na região de Santa Catarina.

Ainda conforme a polícia, o chefe do grupo utilizava de pessoas e empresas laranjas para lavagem de dinheiro e de bens.

Os imóveis de uso próprio, o suspeito adquiria em nome de uma imobiliária e de uma empresa de participações, que foram responsáveis pela compra de ao menos três imóveis de luxo na capital paranaense.

As empresas apresentavam declarações de faturamento à Receita Federal, mesmo sem prestar nenhum tipo de serviço ou registro de venda de mercadorias, apontou a operação.

A PF e RF realizaram buscas também em um escritório de contabilidade em Curitiba, onde o proprietário é suspeito de criar empresas em nome de laranjas e de auxiliar a organização na lavagem de dinheiro.

Conforme a PF, em uma das empresas, foram gastos mais de R$ 8 milhões em aquisição de máquinas pesadas para locação e prestação de serviços, mas nenhum serviço era prestado, conforme indica a investigação.

Entenda o caso:

Fonte: Redação Rádio Fronteira
Fotos
Comentários