O Comite de Política Monetária do Banco Central, o Copom, decidiu, na semana passada, cortar a Selic em mais meio ponto percentual.
Foi o sexto corte seguido, e a taxa passou de 11,25% para 10,75% ao ano.
Como a Selic é considerada a referência de juros para a economia nacional, a expectativa é de queda também nas taxas cobradas do consumidor em operações de financiamentos, empréstimos, cheque especial e cartão de crédito, entre outras.
Como a Selic em queda, isso deve mesmo acontecer, mas não de imediato e nem de forma brusca.
No curto prazo, de acordo com cálculos divulgados pelo jornal Folha de São Paulo, o juro médio para as pessoas físicas deve passar da casa dos 118% para algo em torno de 113% ao ano.
Considerando operações específicas, a expectativa para o cheque especial, por exemplo, passe de 144,2% para 137,8% ao ano – esse é o juro cobrado pelo banco quando o consumidor usa o limite da conta corrente.;
Já os juros anuais do cartão de crédito, a modalidade de crédito mais cara do mercado, devem cair de 419,6% para 401%.
Outro exemplo é a compra de um eletrodoméstico de R$ 1.500 em 12 prestações, que vai custar cerca de R$ 27 menos no valor final com a Selic saindo de 11,25% para 10,75% ao ano.
Recuo também é esperado para as taxas praticadas pelo mercado para pessoas jurídicas, que são as empresas.
A taxa média, que estava a casa dos 64,2% e deve cair agira para cerca de 61,3%.