O Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Copom, decidiu essa semana manter a Selic em 10,5% ao ano.
A taxa é considerada os juros básicos da economia brasileira e, com a Selic nesse nível, o Brasil se mantém entre os dos países com os juros reais mais altos.
De uma maneira simplificada, o juro real é a taxa básica de juros da economia , ou os juros nominais, descontada da inflação esperada para os próximos 12 meses.
Segundo cálculos realizados por um portal especializado em finanças, o juro real no Brasi hoje é de 7,36% ao ano – atualmente, o terceiro maior juro real do mundo.
O líder do ranking é a Turquia, com taxa real de 12,13%; seguido pelo juro de 7,55% da Rússia.
Já na outra ponta da tabela, como país com o menor juro real está a Argentina.
É porque, mesmo tendo a segunda maior taxa nominal, o país também enfrenta uma inflação muito alta, o acaba derrubando as taxas reais, calculadas atualmente em -34,83%.
E falando em juros nominais, ou seja, sem o desconto da inflação, o Brasil, com a Selic a 10,5% ao ano, aparece na sexta colocação.
Os países que têm juros nominais maiores que o nosso são a Turquia, que lidera o ranking, com juros nominais de 50% ao ano, a Argentina, com 40%, a Rússia, com taxa atual de 16%, e a Colômbia e o México, com juros reais de 11,75% e 11%, respectivamente.
Nesse ranking, os dois últimos lugares são ocupados por Suíça e Japão. Na Suíça, os juros nominais estão em 1,5% e, no Japão, em 0,10%.