A conta de luz já está pesando mais no bolso dos brasileiros desde ontem, primeiro de dezembro.
A Agência Nacional de Energia Elétrica, a Aneel, aprovou a retomada do sistema de bandeiras tarifárias na cobrança.
O mecanismo, que permite a cobrança de um valor extra, a depender das condições para geração de eletricidade, havia sido suspenso em maio, em razão da pandemia do novo coronavírus, e a agência tinha anunciado que não haveria cobrança de taxa extra até o fim deste ano – ou seja, iria vigorar a bandeira verde até janeiro de 2021.
No entanto, segundo a Aneel, o consumo de energia retomou o patamar pré-pandemia em setembro, e o setor enfrenta novamente uma seca que há muito não se via.
Por isso, a avaliação é que o sistema de bandeiras precisa ser retomado imediatamente.
Lembrando que bandeira é verde quando os reservatórios de água estão cheios e as condições para geração de energia nas hidrelétricas são favoráveis. Aí, a tarifa não sofre nenhum acréscimo.
Diferente do que acontece quando a bandeira é amarela ou vermelha. Essas cores indicam que as condições são menos favoráveis e há mais custos para a produção de energia - custos que são repassados ao consumidor, na cobrança de um valor extra por quilowatt-hora consumido, a depender do grau de criticidade.
Chuvas abaixo do esperado, por exemplo, fazem cair o armazenamento de água dos reservatórios das principais hidrelétricas e, para poupar água das usinas, as termelétricas são acionadas e a geração de energia acaba saindo mais cara.
A bandeira aplicada nesse mês de dezembro será vermelha, nível 2, o que implica a cobrança de uma taxa extra de 6 reais e 24 centavos na conta de luz a cada 100 kWh consumidos.