Senado aprova projeto que regulamenta o uso de inteligência artificial no Brasil
O relatório aprovado pela comissão especial excluiu os algoritmos de redes sociais das atividades de risco alto, incluindo serviços das big techs como Meta e Microsoft.
Por: Luan Peretti
11 de dezembro de 2024
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O Senado Federal aprovou, em sessão nesta terça-feira (10), o projeto que regulamenta o uso de inteligência artificial (IA) no Brasil. Antes de virar lei, a proposição segue para análise na Câmara dos Deputados.

Popularmente conhecido como Marco da Inteligência Artificial, o projeto de Lei 2.338/2023 estabelece limites e regras para o funcionamento de IAs públicas e privadas com fins comerciais e que operam em larga escala no Brasil. Neste parâmetro, caso aprovado, gigantes da tecnologia como OpenAI (do ChatGPT), Meta (do Facebook) e Microsoft deverão se adequar as regulações indicadas.

A regulamentação, no entanto, não é válida para sistemas de uso particular, pessoal, não comercial e de uso oficial por setores governamentais. O projeto foi apresentado em 2023, por Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado.

O relatório aprovado pela comissão especial excluiu os algoritmos de redes sociais das atividades de risco alto, incluindo serviços das big techs como Meta e Microsoft. Ou seja, os serviços destas empresas sofrerão menos restrições caso o projeto seja aprovado.

Quanto à fiscalização, busca assegurar transparência no uso de dados pessoais garantindo que os indivíduos possam optar pela exclusão das informações. Cidadãos prejudicados poderão recorrer à Justiça para obter explicações sobre decisões automatizadas.

O texto aprovado indica que infringir a legislação será passível de multa, que varia conforme cada caso e poderá chegar a até R$ 50 milhões. Entre as sanções para quem descumprir as regras está a perda do direito de realizar testes com a IA no país, o que resulta na ilegalidade da operação da ferramenta no Brasil.

Sobre o uso de dados para o treinamento das IAs, o projeto indica que a Lei de Geral de Proteção de Dados (LGPD) deve ser seguida. Os desenvolvedores devem esclarecer aos usuários as informações utilizadas, sua finalidade e receber o consentimento.

Fonte: Redação Rádio Fronteira
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