O ministro Luís Roberto Barroso anunciou a sua aposentadoria do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (9), durante sessão plenária. Aos 67 anos, Barroso antecipa a sua aposentadoria, já que poderia ficar no tribunal até os 75 anos. O ministro teve seu visto para entrar nos Estados Unidos cancelado, em medida que atingiu outros ministros, através da aplicação de sanções contra Alexandre de Moraes. Barroso havia comentado em outra sessão que estava abalado com as proibições e prejuízos em suas atividades no país. Durante o anúncio de sua saída, Barroso afirmou que continuará trabalhando fora do tribunal:

“Por doze anos e pouco mais de três meses ocupei o cargo de ministro desse Supremo Tribunal Federal, tendo sido presidente nos últimos dois anos. […] Sinto que agora é hora de seguir outros rumos, sem sequer tenho os bem definidos, mas não tenho apego ao poder e gostaria de viver um pouco mais da vida que me resta sem a exposição pública, as obrigações e as exigências do cargo, com espiritualidade, mais literatura e poesia”, disse Barroso.

“Como todos nós sabemos, os sacrifícios e os ônus da nossa função acabam se transferindo para nossos familiares e nossas pessoas queridas, que sequer têm qualquer responsabilidade pela nossa atuação”, prosseguiu.

Um novo ministro será indicado pelo presidente da República, mas antes passará por uma sabatina no Senado. Após a indicação do presidente, o indicado vai passar por uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, composta por 27 senadores. O parecer da comissão precisa ser aprovado por maioria simples, em votação secreta e, se aprovado, será encaminhado ao Plenário.