O movimento pela Aduana de Dionísio Cerqueira em 2025 tem sido marcado por oscilações, com meses de alta e outros de queda em relação ao período anterior. Em novembro, por exemplo, houve retração na comparação com outubro, tanto no número de caminhões quanto na corrente financeira, soma de importações e exportações, e também no total de documentos desembaraçados pela Receita Federal local.
A planilha com os dados de 2025, divulgada pela Receita Federal do Brasil no dia 10 de dezembro, apresenta valores em dólar. Para esta matéria, foi considerado o câmbio de 11 de dezembro, data de edição do texto, quando o dólar estava em R$ 5,44.
Em novembro de 2025, a corrente financeira movimentada pela Aduana de Dionísio Cerqueira somou US$ 62.985.071,00, o equivalente a cerca de R$ 342,6 milhões. O resultado representa queda de 20,356% em relação a outubro, quando o total chegou a US$ 79.083.441,00, aproximadamente R$ 430,2 milhões. Do valor registrado em novembro, US$ 33.695.460,00 (cerca de R$ 183,3 milhões) foram de importações brasileiras, o que corresponde a 53,496% do movimento do mês. Já as exportações somaram US$ 29.289.611,00 (cerca de R$ 159,3 milhões), equivalente a 46,504% do total.
No acumulado dos 11 primeiros meses de 2025, a corrente financeira chega a US$ 761.948.444,00, cerca de R$ 4,144 bilhões. Desse montante, US$ 403.700.414,00 (aproximadamente R$ 2,196 bilhões) correspondem às importações e US$ 358.248.030,00 (cerca de R$ 1,948 bilhão) às exportações. Mantida a média registrada até aqui, a estimativa é de que 2025 feche com corrente financeira em torno de US$ 831,2 milhões, o equivalente a aproximadamente R$ 4,521 bilhões. O recorde histórico da Aduana de Dionísio Cerqueira foi registrado em 2024, com US$ 946.893.315,00, o que daria cerca de R$ 5,151 bilhões ao câmbio atual.
Quanto ao volume de cargas, em novembro deste ano passaram 1.887 caminhões pela Aduana de Dionísio Cerqueira. Esse número é 20,279% menor que o total de setembro, quando foram registradas 2.225 cargas. Do total de novembro, 1.014 caminhões transportavam produtos importados pelo Brasil e 873 caminhões levavam mercadorias exportadas. No acumulado de janeiro a novembro de 2025, o volume total chega a 23.989 caminhões, sendo 12.692 com produtos importados e 11.297 com produtos exportados. Se a média se mantiver, a projeção é de que 2025 termine com cerca de 26.169 caminhões, o que representaria o maior volume anual já registrado pela Aduana cerqueirense, superando o recorde de 2024, quando 22.927 caminhões passaram pelo porto seco de Dionísio Cerqueira.
Em relação aos documentos de importação e exportação desembaraçados pela Receita Federal em novembro, foram 1.440 registros. O total é 21,740% menor do que em outubro, quando foram contabilizados 1.840 documentos. Em novembro, 736 documentos se referiam a importações e 704 a exportações. No acumulado dos 11 primeiros meses de 2025, foram desembaraçados 19.266 documentos, sendo 9.801 ligados às importações e 9.465 às exportações. Mantida a média, a projeção é de que o ano feche com aproximadamente 21.017 documentos, o que também indicaria um novo recorde anual na Aduana de Dionísio Cerqueira.
Entre os principais produtos importados em agosto, considerando o peso líquido, aparecem frutas, cascas de citros e de melões, produtos da indústria de moagem, malte, amidos e féculas, além de plástico e suas obras, madeira, carvão vegetal e obras de madeira, e ainda bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres. Os principais países de aquisição nas importações foram Argentina, Chile e Uruguai, além de outros mercados.