17 policiais são presos suspeitos de se apropriarem de mercadorias apreendidas durante vistorias no Paraná, diz Gaeco
Segundo as investigações, mercadorias importadas de forma irregular eram desviadas. Para isso, agentes produziam boletins com informações genéricas. Investigados foram afastados da função.
Por: Deise Bach
30 de junho de 2021
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Investigação identificou grupo de policiais que agiam na fronteira, no oeste do Paraná — Foto: William Brisida/RPC

Dezessete policiais militares foram presos durante uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na manhã desta quarta-feira (30), em cidades do Paraná e do Mato Grosso. A ação tem o apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Militar.

De acordo com o Gaeco, os agentes são suspeitos de se apropriarem de mercadorias importadas de forma irregular, especialmente trazidas do Paraguai, durante vistorias.

Um vídeo divulgado pelo Gaeco mostra uma suposta divisão de eletrônicos apreendidos entre policiais. No trecho, um dos agentes diz que irá se encontrar e negociar com um homem que vende produtos importados.

Os 15 mandados de prisão preventiva e 23 de busca e apreensão foram cumpridos em Foz do Iguaçu, Missal, São Miguel do Iguaçu e Medianeira, no oeste do Paraná, além de Cláudia (MT).

Após o cumprimento dos mandados, outros dois policiais foram presos em flagrante, com drogas e mercadorias contrabandeadas.

O Gaeco informou que um dos mandados foi cumprido na sede da 2ª Companhia de Polícia Militar (PM) de Medianeira.

 

ESQUEMA

Segundo as investigações, após se apropriarem das mercadorias, os policiais liberavam a pessoa abordada e produziam boletins de ocorrência com informações genéricas e sem descrição de produtos apreendidos, facilitando o desvio da mercadoria.

A Justiça também determinou a suspensão do exercício de função pública dos investigados.

Durante a operação, o Gaeco apreendeu armas da PM, coletes balísticos, equipamentos eletrônicos e documentos.

Os investigados podem responder por organização criminosa, peculato, prevaricação e falsidade ideológica.

Conforme o corregedor geral da PM no Paraná, Dorian Nunes Cavalheiro, os policiais já foram suspensos do exercício das funções.

Fonte: G1 Paraná
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