O dado é de estudo elaborado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, o Unicef, com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, a Pnad contínua, do IBGE. De acordo com o estudo, pandemia de covid fez a situação se agravar no nosso país.
Em 2019, ano anterior ao início da crise sanitária, a porcentagem de crianças de 7 a 9 anos não -alfabetizadas era de 20%; em 2022, saltou para 40%. O estudo mapeou a chamada pobreza multidimensional na infância e adolescência e os impactos no acesso não só à educação, mas também à moradia, água e saneamento básico – que são, inclusive, direitos fundamentais garantidos pela nossa Constituição.
Com relação ao saneamento básico, por exemplo, 37% das crianças e adolescentes ainda não tinham acesso a esse direito no ano passado – em 2019 eram 39,5%, o que mostra uma pequena melhora, embora o percentual ainda seja bem elevado.
Segundo o Unicef, ao todo 31,9 milhões de crianças e adolescentes do nosso país estão privados de algum dos direitos básicos. É mais da metade do total de 52,8 milhões de pessoas de 0 a 17 anos vivendo no país.